Como Fazer Mudas de Árvores

Antes de mais nada é preciso entender bem o que chamamos de mudas, que neste caso, são de árvores jovens e existem dois modos de obtê-las, através da propagação de vegetais por estaca ou com sementes.

Quando se fala em “fazer mudas”, isto é, em ter mudas, falando em sementes, podemos dizer que elas fazem surgir dois tipos de plantas: genótipo e fenótipo. Quando uma muda é classificada como genótipo significa que ela tem exatamente as características e as qualidades genéticas da planta principal. Já o fenótipo são aquelas características que podemos ver da planta. O que nos levar a concluir que o que muda de uma planta (a muda) para outra são as suas capacidades: de crescimento, de resistência, de produção de frutos, de aparência, entre outras. Por exemplo, é correto afirmar que uma muda que vem de uma semente é muito mais resistente a qualquer tipo de doença que possa atacá-la por dois motivos:

  • Quando se “faz uma muda” de árvore usando sementes ela está livre do ataque de vírus, é uma das principais características da escolha desse tipo de propagação.
  • Quando falamos de uma população variável, o que significa que cada planta tem um modo particular para se proteger de doenças e o caso daquelas oriundas da semente, percebemos que em caso de doença, alguns exemplares podem morrer e outros não.

Sobre “Fazer Mudas” Através da Propagação Vegetativa

Aqui se trata de ter uma planta e dela “extrair” novos exemplares. Para fazer desse modo, a primeira dica é bem simples, é aquela, digamos, tradicional. Você tem a planta que quer uma muda, corta e refaz a raiz e pronto.

Uma segunda maneira de fazer as mudas através da propagação vegetativa é escolhendo a planta raiz e retirando as mudas desse exemplar. Mas, vale ressaltar, que neste caso, as mudas serão muito vulneráveis e no caso de um ataque, todas podem acabar morrendo.

E uma terceira alternativa, sempre falando de propagação vegetativa, é usando uma “população variada de plantas”. Esse é um modo de se conseguir mudas com várias características e evitando, no caso de uma doença, que nem todas elas sejam eliminadas.

Como Funciona o Sistema de Raízes

Quando você decide optar por uma produção de mudas seja ela através de sementes ou de torrões serão formadas as raízes, um raizame, se diz e ele terá um aspecto muito robusto. No caso das árvores, esse raizame é tão forte que seria capaz de destruir rochas quando naturalmente vai crescendo sob elas, quando próximo.

O raizame se forma bem mais rápido do que você possa imaginar e assim acontece também no caso da colocação dos torrões. Então, neste caso, se for usar torrões para produzir mudas, observe as seguintes indicações para evitar problemas futuros:

  • A muda deverá ser plantada respeitando como mínimo de profundidade: 15 centímetros.
  • Evite o formato redondo que acaba fazendo com que as raízes se enrolem.
  • É importante que as raízes tenham oxigênio, por isso, observe bem as aberturas.
  • Faz de modo que fique fácil retirá-la e usar uma vez tirada do torrão.

O que Acontece Quando não se Divide a Raiz Principal

Segundo os estudiosos a grande parte das plantações de arbustos e árvores são feitas de modo que a raiz não é plantada adequadamente. Segundo eles, o grande problema está em manter a planta um tempo acima do necessário dentro de um pote. Isso penaliza a radícula principal que deveria se dividir em raízes secundárias.

Outra forma muito comum de se fazer mudas, muito usados por indústrias, é através do sistema de raízes expostas. Normalmente, os cultivadores de vinhas fazem o uso desse tipo de técnica. É um modo de limpar as raízes, afim de retirar de uma vez por todas, aquelas que são secundárias. As radículas, neste caso, são cortadas respeitando o comprimento de 5 a 10 centímetros. 

Em resumo, não fugindo do assunto como fazer mudas de árvores, fique um alerta para o uso de técnicas de multiplicação que fazem com que as radículas sejam destruídas. Esse tipo de método, pode eliminar aquelas raízes que seriam capaz de rachar uma rocha, mas acabam fazendo com que as raízes secundárias ganhem mais força. Por outro lado, essas árvores cultivadas dessa forma e com essa “debilidade” não crescem em zonas secas. Para que isso seja possível somente com ajuda de outros métodos. O resultado é que a irrigação não é usada para sanar o problema de um solo seco e sim porque a árvore não foi plantada, observando as raízes, como deveria ser.

Outras Técnicas de Propagação: Conheça

Os métodos de propagação a seguir são usados especificamente em árvores.

  1. Propagação usando a regeneração somática embriogênica: esse tipo de técnica usa o explante de embriões zigóticos, que, através da indução de calos, se cria o tecido para que essa planta se multiplique. Não muito simples de entender, esses embriões que são germinados devem ser transformados em plantas aclimatizadas. Essas espécies por sua vez estão aptas a serem plantadas no campo. É uma técnica muito usada para produção de “clones” quando se faz o reflorestamento. A sua desvantagem é a criação de um grupo de plantas vulneráveis a qualquer tipo de doença e que se atacar, pegará todas elas.
  2. Outra técnica não muito usual é chamada de híbridos F1 que é feita através das sementes. São feitas “misturas” de mais de uma planta que já está desenvolvida. A combinação gera uma nova linha com várias características diversas e outras semelhantes as matrizes. E a grande vantagem, neste caso, é o fato de que as plantas não são vulneráveis a doenças.
  3. Outro técnica existente é chamada de intercruzamento natural por semente. Podemos citar como exemplo de quem faz esse tipo de processo – os tomates. E como se trata de um processo natural da planta, elas não se tornam variáveis e o seu fenótipo é exatamente igual de todas elas.

Os três últimos métodos apresentados são mais complexos e difíceis de serem colocados em prática. Se tratam de técnicas que são usadas por pessoas que trabalham na agricultura adaptando-as as suas individuais necessidades.

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