Como Funcionam as Flores?

As flores, na realidade, são muito mais do que pura e simplesmente ícones da beleza no mundo dos seres vivos, que acabam servindo para nós seres humanos como objetos de admiração, de presente e de prestação de homenagem a quem amamos. As flores também não servem apenas como fonte de alimento para alguns animais que utilizam de seu néctar para se nutrirem e nutrirem sua prole.

Todas as flores são, em suma, uma parte de toda a estrutura que compõe o sistema reprodutivo das plantas, de uma maneira geral. No caso das angiospermas, que são um tipo evolutivo de planta, as flores são as responsáveis diretas por sua reprodução. Sendo assim, elas são, fazendo uma analogia, como os órgãos reprodutivos dos seres humanos, isto é, são como se fossem ovários e testículos na natureza.

Para a sua reprodução, foi necessário que as angiospermas evoluíssem de uma maneira que facilitasse sua reprodução, perante os tipos de plantas menos evoluídas, como as chamadas briófitas e as pteridófitas, por exemplo. Para isso, estruturas que chamassem a atenção a partir de seu formato, sua coloração e até mesmo seu cheiro, foram desenvolvidas de modo que os animais, principalmente a maioria dos insetos, se sentissem atraídos e pousassem sobre elas. A essas estruturas específicas para a reprodução das plantas angiospermas demos o nome de flores.

Estruturalmente, as flores são extremamente próprias para que a reprodução ocorra de maneira eficaz e com segurança. Para que a flor se sustente junto à planta à que pertence, ela apresenta o pedúnculo, que nada mais é do que o chamado cabinho da flor, que se configura como uma haste de sustentação e de fixação da flor e de todo o seu peso devido à sua estrutura interna, seja ao caule da planta, seja em seu ramo. Além do pedúnculo, outra estrutura que tem a finalidade de sustentar a flor à planta à que pertence é o chamado receptáculo floral. O receptáculo floral tem a função de sustentar a porção em que todas as pétalas da flor ficam aglomeradas, além de também possuir a função de manter todas essas pétalas unidas. Sendo assim, o receptáculo floral nada mais é do que um alargamento que há no pedúnculo para que ele abrigue, sustente e uma todas as pétalas da flor de maneira organizada e firme.

Na flor, ainda há as estruturas que são chamadas de estruturas florais estéreis porque não apresentam uma distinção genotípica para feminino e masculino e que não têm a capacidade de produzir os gametas, que são o que proporcionarão a reprodução da planta. A essas estruturas estéreis chamamos de corola e de cálice. A primeira, corola, é o nome que se dá ao conjunto de todas as pétalas da flor, que têm a função de atrair os animais polinizadores, cujos principais integrantes são os insetos, devido às características que a maioria delas possui, como as cores, o formato e o cheiro que exalam para o ambiente. Já o cálice é o nome que se dá ao conjunto das chamadas sépalas, que são as folhas modificadas, cuja principal função é proteger a corola. O cálice geralmente tem a cor verde e, portanto, não exerce a função de atrair animais polinizadores como a corola.

Quanto às estruturas propriamente ditas feminina e masculina de uma flor, damos o nome de androceu, para a estrutura masculina e de gineceu, para a estrutura feminina. Ambas se encontram dentro da corola das mesmas flores, de maneira simultânea e tratam-se de estruturas reprodutivas. O androceu é o nome que se dá ao conjunto de estames e o gineceu é o nome dado ao conjunto de capelos. Sendo assim, gineceu e androceu são as partes realmente férteis de uma flor.

Os chamados estames são compostos pelo filete e pela antera, sendo que o filete é a haste que tem a função de sustentar a antera e a antera, por sua vez, é a região dilatada em que ocorre a formação dos grãos de pólen, responsáveis pela dissipação da espécie. Já com relação à estrutura feminina, os carpelos são compostos pelo ovário da flor, pelo estilete e pelo estigma. O ovário, assim como nos seres humanos, tem a função de produzir os óvulos. o estilete é a estrutura que faz a comunicação entre o ovário e o estigma, ou seja, é por onde passa o chamado tubo polínico, para que o pólen fecunde o óvulo da flor. Já o estigma, tem a função de prender o grão de pólen e se situa na extremidade do carpelo.

Quando as flores são fecundadas, ocorre a formação e o desenvolvimento de sementes e de frutos. É dentro dessas sementes em que se encontra um embrião correspondente àquela planta e, portanto, o embrião se configura como toda a estrutura necessária para o crescimento e para o desenvolvimento de uma nova planta.

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Categoria(s) do artigo:
Naturais

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