Gênero Brassavola da Família das Orquídeas

O Gênero Brassavola está relacionado à Botânica pertencendo à família das famosas orquídeas, que cientificamente recebem o nome de Orchidaceae. Teve sua primeira publicada feita por Robert Brown, em 1813. Recebeu o nome em decorrência de uma homenagem feita ao italiano Antonio Musa Brassavola, que trabalha em Ferrara como professor de medicina.

Distribuição da Espécie na Natureza

Este gênero é feito a partir da aglomeração de espécies chamadas como epífitas, que podem ser também rupícolas, com crescimento subcespitoso ou cespitoso, pendente ou ascendente, surgindo desde o Sul do Brasil até o Caribe e América Central.

Descrição

Ainda que o gênero seja composto por poucas espécies, as mesmas são complicadas de serem identificadas. De acordo com algumas referências que podem ser consultadas, são declaradas aproximadamente vinte espécies válidas, sendo que muitas delas são consideradas por uns, e por outros são somente sinônimos.

As espécies do Brasil são separadas em três grupos distintos, e nelas há poucas exceções, e se assemelham bastante, sendo que as flores são quase todas iguais. As diferenças variacionais são tão mínimas, que até poderia ser tida como variação numa mesma espécie. Certos critérios são usados em sua separação, como a observação de seu tamanho, sua morfologia vegetativa, quantidade de flores, e especialmente descobrir sua procedência.

Os especialistas no assunto, taxonomistas, não estão de acordo e não encontram uma classificação que seja totalmente confiável. Por isso, aqui reduzimos as espécies deixando mais aquelas mais prováveis e válidas, porém, muitas delas podem ser consideradas como sinônimos.

As Plantas – Características

As plantas apresentam os pseudobulbos cilíndricos que podem até não ser avistados, já que sua folha única faz parte de um prolongamento arredondado e se confunde com o mesmo, esta se torna mais ou menos acuminada e longa, pendente ou ereta.

Na base de todas as folhas, se apresenta mais curta, com brotamento de inflorescência apresentando até mais de uma flor em tons de verde, creme ou branco, de labelo branco podendo apresentar ou não mancha esverdeada ou amarela próximo da base, se abrindo ao mesmo tempo, sendo que muitas delas apresentam perfume ao anoitecer, semelhante ao aroma de limão.

As flores possuem sépalas e pétalas bastante estreitas, falciformes ou lanceoladas, acuminadas, com rega aberta e em formato semelhante. Seu labelo tem destaque, sendo simples, amplo, pouco côncavo, naquelas espécies que apresentam as pontas acuminadas, ou as laterais serrilhadas.

Essas espécies podem ser separadas em quatro principais grupos:

  • Brassavola Cucullata: possui flores longas acuminadas contendo labelo  serrilhado, e folhas pendentes e compridas;
  • Brassavola Reginae: estas são pequenas e eretas contando com um número reduzido de pequenas flores com o labelo aveludado;
  • Brassavola Tuberculata: possui as folhas mais pendentes e uma grande quantidade de perfumadas flores com cores mais claras e de porte médio.
  • Brassavola Nodosa: apresenta as flores já muito bem formadas, com cores mais esverdeadas com o labelo branco e apresentando plantas mais retas, fortes e curtas.

Filo

De acordo com catalogo de filogenia publicado lá em 2000 pelo botânico Cássio Van Den Berg , a Brassavola tem a formação com Guarianthe, Myrmecophila,  Rhyncholaelia, Cattleyella, e Cattleya de um dos maiores grupos de Laeliinae, colocado dentre os grupos de Sophronitis e de Prosthechea.

A Brassavola está inserida entre a Cattleyella, sendo o gênero mais novo o qual foi levado a Cattleya e a Cattleya Araguaiensis. É fundamental que se note que o estudo do cientista, especialmente no tocante à interação entre os gêneros, ainda é uma maneira inicial de se observar as coisas, essa ideia pode se alterar de acordo com a realização dos demais testes.

Espécies

  • América Central – Belize: Brassavola acaulis
  • Apenas no Brasil: Brassavola flagellaris, Brassavola fragans, Brassavola duckeana, Brassavola fasciculata, Brassavola reginae e Brassavola revoluta.
  • Indo do México ao Norte da América do Sul: Brassavola cucullata
  • Colômbia: Brassavola filifolia
  • Incidência no Brasil e na Guiana Francesa: Brassavola gardneri
  • Trinidad: Brassavola gillettei
  • Da América Central até a Colômbia: Brassavola grandiflora
  • Sul da América Tropical: Brassavola martiana
  • Do México à América Tropical: Brassavola nodosa
  • Jamaica: Brassavola harrisii e Brassavola subulifolia
  • Da Venezuela ao Norte do Brasil e Peru: Brassavola retusa
  • Do Brasil até o Peru e Nordeste da Argentina: Brassavola tuberculata
  • Sudeste do México até a América Central: Brassavola venosa

Maiores Informações Sobre a Brassavola Nodosa

A Brassavola Nodosa é uma orquídea que há no México, estando presente ainda na América Central, passando pela Guiana no norte até a América do Sul. É chamada popularmente de “Dama-da-Noite” em razão de seu aroma cítrico, bastante semelhante ao da Gardênia, surgindo sempre ao anoitecer.

Esse gênero de planta é mais encontrado na América Tropical, estando presente desde o nível do mar e chegando as mais altas altitudes de 1.800 m. Também faziam parte do gênero a Brassavola digbyana e a Brassavola glauca , que atualmente são catalogadas como Digbyana e Rhyncholaelia glauca. 

Ficha Técnica

  • Nome: O nome do gênero foi dado em honra a Antonio Musa Brassavola
  • Aroma: Bastante intenso, iniciando ao cair da noite e se estendendo ao fim da madrugada
  • Polinização: Ocorre especialmente à noite
  • Forma de Cultivo: Essa planta tem preferência por ser montada primeiramente por meio de xaxim, placas de cortiça, toros menores de madeira, principalmente sendo corticeira. Também pode ser cultivada em vasos plásticos, espécie de cachepos ou cestos de madeira. Não se adapta bem em vasos bem fechados de barro ou de plástico e, razão de sua forma vegetativa.
  • Aspecto de Vegetação: Pseudobulbos pequenos e agregados, folhas chamadas de teretes, com formato cilíndrico, conhecidas como rabo de rato, que originam numa haste floral de porte médio, bráctea leve.
  • Outras Maneiras de Cultivo: Se adapta muito bem a ambientes com luz intensa, e especialmente arejados, contando com uma umidade boa vinda do ar. Suporta temperaturas variadas, indo dos 33 graus no calor, até os 10 durante o inverno, mas se as temperaturas foram menores que isso, durante um tempo curto, também se dá muito bem. Dentro desses padrões tende a ter flores abundantes.
  • Controle de Doenças e Pragas: Desde que tenha um cultivo adequado, tem-se mostrado bastante resistente às pragas normais que atacam todos os tipos de orquídea. Entretanto, pode vir a sofrer com os ataques de fungos e bactérias, contando com grande perda de suas folhas, inclusive levando à morte.
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Categoria(s) do artigo:
Naturais

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