Fanerogâmicas: Os Vegetais Superiores

O filo do Reino Plantae (das plantas) que conta com seres vivos que possuem estruturas chamadas flores e órgãos reprodutores de fácil observação foram chamados de fanerógama ou fanerogâmica. Esse nome vem do grego phanerós que significa aparente e gâmeta. As componentes desse táxon foram muitas vezes referidas como sendo vegetais superiores.

São plantas que apresentam além de flores diferenciadas também vasos que conduzem seiva assim como caules, folhas e raízes verdadeiros. Atualmente, essa nomenclatura foi deixada de lado uma vez que se trata de um agrupamento parafilético. O táxon utilizado é o Spermatophyta, contudo, é comum observar referências a fanerogâmicas na literatura.

O Histórico

A divisão das plantas em dois grupos primários foi feita por Lineu, basicamente as plantas estavam divididas em fanerogâmicas (as que têm os órgãos sexuais fáceis de observar) e as criptogâmicas (as que não têm seus órgãos sexuais facilmente visíveis). O filo Phanerogamae também foi dividido em duas classes que são as de gimnospermas e as angiospermas.

Na classe das gimnospermas (que significa gymnos, nu; spermae, semente) estavam inclusas as espécies que tem sementes entendidas como “nuas”. Já na classe das angiospermas (que significa angios, envoltório; spermae, semente) estão inclusas as plantas que possuem sementes que ficam alojadas dentro dos frutos e que estruturas que resultam do desenvolvimento do ovário da flor.

Diferenciações Morfológicas

A base desse táxon era basicamente feita de diferenciações morfológicas de maneira que as plantas que produzem flores se sementes (espermáfitas) eram chamadas de fanerógamas e as demais eram criptógamas. Contudo, essa divisão acabou se mostrando como parafilética uma vez que se considerarmos os filos extintos os dois taxa teriam um ancestral em comum.

Devido a isso passou a ser feito um movimento do sentido de desencorajar que a nomenclatura fanerógama fosse utilizada. Atualmente, o aconselhável, cientificamente, é usa a designação espermatófita. Deve-se focar na existência de raiz na produção de semente e não na existência de flores diferenciadas. No contexto atual de taxonomia em que se incita a análise da natureza genética e molecular ao invés das diferenciações de natureza morfológica não é mais encorajado o uso de designações como fanerógama ou fanerogâmica.

Gimnospermas

As plantas que fazem parte da classe Gimnospermas são aquelas que produzem flores e sementes do tipo nuas, isto é, sementes que não estão envolvidas pelo ovário desenvolvido que são os frutos. As sementes se encontram em escamas que formam uma estrutura em forma de cone. As plantas dessa classe não dependem da água para que possam se reproduzir de maneira que a sua reprodução se dá por sifonogamia.

Isso significa que na reprodução tem a presença de um tubo polínico que leva o gameta até alcançar a ooesfera. Essas plantas são arbustos e árvores de diferentes tamanhos e que contam com raiz, folhas e sementes de alguns tipos em especial coníferas que produzem resinas que ajudam na sua proteção contra fungos e insetos.

Reprodução das Gimnospermas

A reprodução das Gimnospermas é sexuada e se dá através das suas flores que são constituídas de pilhas de folhas com a forma de escamas que atuam produzindo esporos. Essas plantas contam com os estames (escamas masculinas) que tem como objetivo formar os micrósporos que depois de muitas meioses dão origem ao pólen.

Já a folha feminina chamada de megasporófilo dá origem ao megásporo que após passar por várias meioses acarreta na formação do óvulo que tem duas oosferas. O vento assim como a chuva e insetos cuidam de fazer o transporte do pólen para que chegue então as escamas femininas nas quais acontece a fecundação que resultará na formação da semente com um embrião e um endosperma.

Monóicas e Dióicas

As Gimnospermas são divididas em duas espécies que são monóicas e dioicas. As espécies monóicas são aquelas em que as estruturas femininas e masculinas existem ao mesmo tempo na planta em locais diferentes. Já nas dioicas cada indivíduo é apenas masculino ou feminino, sendo assim não tem as duas estruturas ao mesmo tempo. Podemos citar como as Gimnospermas mais conhecidas as sequóias, ciprestes, pinheios e araucárias.

Angiospermas

A classe das Angiospermas conta com um grupo bastante grande de plantas, para se ter uma ideia são em torno de 235.000 espécies que podem ser encontradas em diferentes tipos de habitats. No grupo das Angiospermas estão desde as gramíneas até grandiosas árvores.

Flores e Frutos

A característica de maior destaque das Angiospermas é contar com frutos e flores. Essas plantas são vasculares e não dependem de água para a sua reprodução. A flor desse tipo de planta está dividida em três partes que são: Pedúnculo (a haste que dá sustentação e mantém a flor presa ao caule); Receptáculo (responsável por prender os verticilios que ficam localizados na extremidade do pedúnculo) e Verticilios (conjunto de peças que dão forma ao cálice, corola, androceu e gineceu).

Cálice

Presente na parte mais externa, feito de folhas pequenas que são chamadas de sépalas.

Corola

Feito de estruturas coloridas e que tem grande destaque, o objetivo é atrair o agente de polinização são também chamadas de pétalas.

Androceu

Trata-se do aparelho reprodutor masculino que é feito de estames sendo que cada estame conta com um filete que tem uma antera na sua parte extrema que atua na produção dos grãos de pólen.

Gineceu

Consiste no aparelho reprodutor feminino cuja formação é dos carpelos, cada um dos carpelos forma um tubo que tem dilatação na sua base. O gineceu tem em sua extremidade superior um estigma que consiste numa abertura do tubo interior que é conhecido como estilete e que faz a ligação com a base dilatada que é o ovário e que tem dentro de si as oosferas.

Monocotiledôneas e Dicotiledôneas

As angiospermas podem ter dois tipos de sementes que diferem entre si pelo número de cotilédones – as primeiras folhas que se abrem e que derivam da semente que ajudam na subsistência durante o tempo em que a planta não faz fotossíntese. As plantas monocotiledôneas são aquelas que têm somente uma cotilédone e podemos cita como exemplo o coco, o arroz, o trigo entre outros. Já as plantas do grupo dicotiledôneas são aquelas que possuem duas cotilédones, dentre os exemplos estão lentilha, feijão, amendoim, ipê entre outras.

O filo, também conhecidos como espermatófitas, são plantas que apresentam órgãos sexuais aparentes, estão divididas em duas classes diferentes: Gimnospermas e angiosperma. No grupo das gimnospermas estão incluídas as espécies que produzem sementes nuas, sem fruto. Enquanto que no grupo das angiospermas, se incluem as espécies que produzem sementes envoltas por tecido carnoso e suculento, conhecidos como frutos, que nada mais é que o desenvolvimento do ovário da flor.

As flores fanerogâmicas foram, por vezes, chamadas de vegetais superiores, além das diferentes estruturas que são as flores, elas também apresentam vasos que são condutores de seiva e verdadeiras estruturas de caule, folha e raiz.

Foi Lineu quem dividiu as plantas em dois grupos: o das fanerogâmicas, e as criptogâmicas que são grupos mais primários, sem estruturas complexas como órgãos sexuais, mas que são facilmente discerníveis. Os táxons apresentam diferenças morfológicas bem grandes, estão sempre sendo estudadas através de análises por vezes molecular e genética.

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