A história do paisagismo é meio incerta pela própria civilização. Algumas provas evidenciam que os chineses e os egípcios foram os primeiros precursores. Alguns especialistas alegam que desde o século XVI antes de Cristo, os antigos egípcios se destacavam como jardineiros, costumavam admirar jardins formais, cultivavam grandes tanques onde criavam peixes e plantas aquáticas.
Já os para chineses, que sempre consideravam os jardins como um local sagrado de contemplação e quietude, o manejo de jardins tinha esse objetivo, sem nada definido. Eram excelentes cultivadores de flores como rosa, crisântemo, e a peônia, são exemplos dos estudos e melhoramento feito pelos chineses.
Paisagismo e Ecologia
Existem alguns conceitos sobre o paisagismo que devemos conhecer para que fique bem definido e fácil de entender.
Ecologia – Investiga a distribuição dos seres vivos e as relações deles com o meio ambiente, tanto com fatores climáticos, pedológicos e bióticos.
Paisagismo – É o resultado da integração dessas relações entre clima, vegetação e solo sobre processos evolutivos de forma natural e antrópicos.
Paisagem – Espaço que abrange um lance de vista.
No paisagismo, o homem é o centro das modificações e relações que estão acontecendo a sua volta. Nesses conceitos sempre há o termo “relação”, o que reforça a ideia de uma inter relação entre todas as formas de vida. O paisagismo é uma forma de ecologia também, mas que considera o homem como o centro de todas as relações.
O paisagismo antigamente estava bem mais voltado para as questões visuais e arquitetônicas, a estética mesmo, mas com o crescimento dos movimentos ecológicos, e o incentivo da preservação do meio ambiente, fez com que o paisagismo deixasse de ser uma prática de jardinagem para virar algo com uma visão mais ambientalista.
De toda forma, o paisagismo é algo que abrange as cidades e tudo que está em volta dela, incluindo campos. É o que chamamos de macropaisagismo, porque também encolve os prédios e os monumentos naturais na composição da paisagem. Dessa forma algumas áreas podem ser mais destacadas, como áreas verdes, parques, espaços livres, arborização de ruas, jardins e praças.
Áreas Verdes: Podem ser tanto públicas quanto privadas e em local rural ou urbano. Em todo caso, uma vegetação remanescente é amparada na malha urbana. As áreas verdes geralmente são formadas por parques, jardins e praças.
Parques: São maiores em dimensão. Existem vários conceitos para definir um parque, inclusive dificultando a sua uniformização diante de um ponto de vista administrativo e oficial. Parque Nacional é uma área que é colocada sobre proteção do Estado, com o intuito de conservar a flora e a fauna do local. Reserva nada mais é do que um parque florestal que é administrado pelo poder público e serve para conservação e preservação de espécies tanto animais quanto vegetais. Entre muitas outras denominações tanto de poder público quanto privado existem, mas que basicamente têm a mesma função.
Espaços Livres: São as áreas existentes entre construções, não possui vegetação, mas permite o uso amplo para a população.
Arborização de Ruas: É o plantio de árvores em ambiente urbano, de forma a compatibilizar a estrutura com fiações elétricas, telefônicas, redes de água e esgoto, etc.
Jardins: São áreas reduzidas, onde se cultiva flores e plantas ornamentais.
Praças: São áreas destinadas a população mais próxima. Diferente dos parques, que têm como objetivo o lazer contemplativo e recreativo, as praças são voltadas para o lazer contemplativo.
Estas áreas podem ser públicas ou privadas, considerando que tipo de manutenção ela terá, sendo de responsabilidade do poder público, ou iniciativa privada.
Princípios do Paisagismo
O paisagismo tem como função básica ordenar o espaço, de forma que o objetivo seja amenizar condições psicossociais, da população moderna, e se fundamenta na ciência da arte, e na técnica.
Para isso, algumas coisas devem ser entendidas para que a vegetação seja planejada do jardim. A técnica leva a aplicação prática de alguns conhecimentos. Um exemplo é saber quais são as exigências hídricas e de luminosidade de algumas espécies que pretende plantas juntas.
O planejamento paisagístico consiste basicamente nisso, de uma forma associada à outra forma que é expressa de forma artística, e que possa ser capaz de atingir a sensibilidade humana.
Segundo especialistas, a composição paisagística deve traduzir o resultado de algumas respostas no homem, exatamente oito sentidos chamados de sentidos ambientais, são eles: Audição, visão, paladar, olfato, tato, equilíbrio, frio e calor.
O conforto que é caracterizado por algumas impressões que devem atuar nessa sensibilidade dá a sensação de contato direto com o belo e o que é agradável. Não importa se é uma praça, as técnicas devem ser empregadas de uma forma que o resultado final da composição artística irá aguçar todos esses sentidos ambientais.
Composição Artística
É um pouco pessoal detectar o que é belo ou não, justamente porque está ligado a aspectos que envolvem sentimentos e emoções, cultura, e etc., mas no geral, considera-se algo belo, quando existe harmonia entre as suas partes.
A composição artística na jardinagem, consiste em arrumar harmoniosamente os vegetais e não vegetais que tenham consonância com elementos arquitetônicos, combinando linhas, formas, tons, cores, etc. Essa composição principia de alguns princípios.
Unidade: Quando um jardim é percebido com um conjunto harmonioso, e não há nada, nem elemento algum que discorde essa relação.
Proporção: É quando há harmonia entre partes de um todo e com elementos relacionados entre si. Ela deve ser perfeita em relação às massas, cores e texturas.
Equilíbrio: É o confronto das forças que compensam e se anulam ao mesmo tempo. Em um jardim essas forças devem estar equilibradas, essas forças significam linhas, cores, e todas as outras coisas que compõem a composição artística. Quando há o equilíbrio, a sensação é reconfortante e agradável e quando não o contrário.
Ponto de Destaque: São elementos que chamam a atenção de toda uma área de maneira positiva.
Dominância: Pode ser de qualquer elemento, cor, volume, textura, linhas, mas sempre será algo que terá em maior número ou intensidade. Por exemplo, os verdes dos gramados sempre predomina nos jardins, e sua linha é sempre a mesma.