Uma horta bonita começa logo na preparação das mudas. Recomenda se escolher mudas fortes, pois essas são a garantia de que a planta vai vingar. Ainda que você escolha semear sementes, não há com o que se preocupar, porque as sementes que são comercializadas são de alta produtividade, possuem melhoramentos genéticos e crescem sem maiores problemas quando há a Judá de um bom substrato. Existem ainda as sementes retiradas diretamente dos frutos, as quais também se desenvolvem bem desde que sejam vegetadas com a ajuda de um substrato ideal.
Quando começamos a cuidar de uma horta nossas expectativas se voltam para como dispor as sementes ou plantas nos canteiros, a irrigação e a adubação das novas plantinhas. Raramente nos vem a mente o substrato, a não ser que você seja uma pessoa experiente nos cuidados com as plantas. O substrato garante o bom desenvolvimento das plantas, ou seja, é fundamental numa horta. O substrato básico possui algumas características especificas. Confira quais são elas na lista abaixo:
- ser passível de armazenamento
- deve ter pouca densidade, ou seja, deve ser leve
- ter boa retenção de água
- ser aerado
- ter boa drenagem de líquidos
- ser isento de fitopatógenos
- ter Ph neutro, em outra palavras, não ser nem alcalino nem ácido
- consistência uniforme
- ter baixo custo de produção
Mas Afinal o Que é Um Substrato?
Resumindo a uma imagem bem simplificada, o substrato é onde as sementes ou mudas novas vão desenvolver as suas respectivas raízes em recipientes fora do solo, em outras palavras, é a mistura que se parece com terra que é colocada nos vasos e nas jardineiras, com a função de dar sustentação para as plantas, de regular a oferta de nutrientes, de água e de oxigênio para as raízes recém formadas. Normalmente, o substrato é uma mistura de elementos minerais orgânicos e, as vezes, de elementos artificiais também.
O substrato ideal necessariamente precisa ter melhores condições que o solo em todos os aspectos, porque ele deve fornecer à planta uma série de pré requisitos. Como por exemplo um melhor aproveitamento da água irrigada, ser aerado o suficiente para que a quantidade de ar exigida pela planta baste para as trocas de gases e respiração das raízes, deve resistir à decomposição e a um possível apodrecimento, ser ausente de agentes causadores de pragas e doenças nas plantas, ter consistência o suficiente para suportar as mudas, ser permeável, ser estável para evitar a compactação dos elementos, ser livre de sementes de pragas e outras plantas indesejadas, ter densidade leve e volume constante, não se deixar ter o Ph muito alterado e, por fim, reter os nutrientes básicos para a sobrevivência da planta.
Muitos tipos de materiais podem ser usados para fazer o substrato. Confira logo abaixo alguns dos materiais mais comuns para fazer os substratos:
Casca de pinus: Essas cascas produzem elementos fito-tóxicos, os quais não permitem a germinação de sementes e, por essa razão, o substrato não deve ser usados sem a remoção desses elementos, que podem ser retirados através da compostagem. Esse produto é normalmente usado no cultivo de orquídeas e, também, para evitar que plantas daninhas se desenvolvam sem que se queira esse objetivo.
Areia: É um elemento mineral inerte, usado com a finalidade de melhorar a porosidade e a drenagem da mistura.
Vermiculita: Esse é um minério que tem a capacidade de expandir o próprio volume em até vinte vezes quando for aquecido. O resultado dessa expansão é um produto sem cheiro, que não causa alergias, não entra em decomposição, não chama a atenção de insetos e é leve, ou seja, não prejudica a densidade do substrato.
Perlita: Esse é um tipo de mineral originário de rochas formada por silicatos, comumente usadas no cultivo de suculentas, porque melhora a característica de drenagem e de aeração do substrato, dando boas condições ao desenvolvimentos das plantas.
Turfa: Esse é um material orgânico, ou seja, não passou por nenhum tratamento químico manuseado pelo homem. É decomposto em partes e é de origem de regiões pantanosas. O uso desse elemento se deve a boa retenção de nutrientes que a turfa consegue oferecer às plantas. São muito comuns em substratos comerciais.
Humus: É o substrato mais popular. Esse elemento é uma matéria orgânica de boa estabilidade, a qual é resultado da compostagem ou, também, da vermicompostagem, a qual é a utilização de minhocas para a formação de húmus, em lixo orgânico decomposto durante cerca de um mês.
Casca de arroz carbonizada: É um tipo de resíduo resultante do processamento do arroz, sendo completamente livre de doenças e pragas, devido a carbonização. É, ainda, um elemento o qual contém silício, um mineral que oferece à planta uma maior resistência a possíveis fungos.
Sphagnum e Hypnum: Esses são sois tipos de musgos os quais quando são desidratados, têm a capacidade de reter a umidade do substrato e de desacelerar a decomposição dos elementos do substrato. São, normalmente, usados no cultivo de orquídeas e de plantas carnívoras, quando misturados com areia.
Fibra de côco: É um elemento natural, porque é feito a partir do reaproveitamento de uma parte do coco que não costuma ter valor comercial. A fibra é não tem nutrientes para oferecer à plantas, não retém água e é um material de difícil decomposição. Porém, quando triturado e misturado aos outros materiais do substrato, tem a característica de dar leveza e volume à mistura.
Ainda com tantas informações citadas, é normal saber qual os elementos usar para fazer um bom substrato. A dica para fazer o substrato ideal é saber as características das plantas que você pretende cultivar, em outras palavras, combine as necessidades que as plantas que você vai plantar exigem, com as características que os elementos que compõem os substratos podem oferecer. Vale lembrar que substrato não é adubo. Então para que a planta continue a se desenvolver com forca, você deve sim adubar as plantas com o tipo de adubo que mais for indicado para ela.