A natureza sempre dá um jeito de estar perto da gente, isso não tem como negar: por mais que o homem faça alterações que afetem profundamente todo o ecossistema do local, seja ele fauna ou flora o meio ambiente encontra uma maneira de se fazer presente.
Só que, mesmo com toda essa insistência da natureza em permanecer em locais onde o ser humano, literalmente, arrasou com tudo, ela não é perseverante para sempre. Há muito tempo que o ser humano vem abusando da boa vontade do meio ambiente em apostar que ele se regenera sozinho sem a ajuda. Isso, em parte, é verdade. Porém, o ritmo de exploração está muito mais pesado do que o recomendado, o que faz com que o meio ambiente não consiga se recuperar de maneira plena.
O resultado disso é que o meio ambiente está entrando em um colapso que, se não for freado a tempo, a sua recuperação pode ser danosa para sempre, ou seja, irreversível. Por isso, cada vez mais as pessoas e países estão tomando medidas para poder combater os efeitos negativos da exploração humana na floresta.
Uma forma de mostrar como os seres humanos estão sempre ligados com a natureza é a sua capacidade de cuidar de seres vivos, como animais ou plantas. Em se tratando das plantas, elas se revelam como uma ótima opção já que não demandam de muita atenção nem de muito espaço, além de não se moverem, logicamente.
A ligação do ser humano com as plantas é tão grande que, até hoje, elas os acompanham nos mais diversos tipos de rituais, como, por exemplo, os rituais que estão presente nos funerais, nas quais as flores são verdadeiras protagonistas. E, aqui, será mostrado um pouco mais sobre a história das coroas de flores, que estão sempre presentes em funerais e enterros.
As Coroas de Flores: História
Toda vez que alguém vai a um velório ou enterro percebe que muitas vezes há várias coroas repletas de flores e outros adornos com o princípio maior de homenagear a pessoa falecida. Mas será que alguém já se perguntou de onde é que essa tradição foi originada?
Vale a pena ressaltar que as coroas de flores não são utilizadas somente para eventos ligados a funerais nem coisas do tipo: as coroas de flores podem ser utilizadas também para ornamentos para serem colocados em casas ou em ambientes diversos. Logicamente que isso depende muito da montagem que é feita com ela para não se assemelhar a uma coroa de flor de velório.
Nos países de língua inglesa esse tipo de ornamento é bastante utilizado, na qual eles podem ser empregados em feriados religiosos, como é o caso do natal: muitos ingleses acabam por construir coroas com ramos e flores e coloca-los na porta, como uma guirlanda natalina. Porém, tal enfeite pode ser colocado em qualquer período do ano, como uma forma de enfeite permanente.
A história por trás das coroas de flores está completamente refletida no sul da Europa, mais basicamente por parte da tradição dos Etruscos. Tal sociedade não utilizava somente flores para a decoração de tais coroas, mas também empregava diversos tipos de joias, pedras preciosas e outros elementos que enriqueciam as coroas, tanto esteticamente quanto financeiramente. Os romanos, por exemplo, chamavam tais coroas como “coronas etruscas”, já que este era quase que uma marca registrada daquele povo. Tanto é que a moeda que circulava por lá era totalmente cunhada com várias referências à coroa de flores.
O Uso De Coroas Pelos Governantes Etruscos, Romanos E Gregos
Foi o costume de utilizar tais coroas, difundidas pelos governantes etruscos que tanto os Gregos como Romanos importaram a ideia, nos quais os seus governantes também passaram a utilizar coroas feitas de flores ou de ramos de árvores, costume que está enraizado na cultura da humanidade: pode saber que, quando estão representando a história da Grécia em algum lugar, a coroa de ramos está presente na cabeça do personagem. O uso dessas coroas não significava somente que a pessoa era uma governante, mas também servia para mostrar aos outros o seu status social. Ou seja, a riqueza, poder, influência entre muitos outros aspectos.
No caso da coroa confeccionada com folhas de louros, a tradição grega conta que o mito grego envolvendo Apolo, filho de Zeus, que se apaixonou por Daphne, uma ninfa. Quando esta se recusou a ter um relacionamento com ele, ela embrenhou uma fuga e pediu ajuda ao deus rio Peneus para que a auxiliasse. Dessa forma, ele a transformou em um loureiro. Apolo, então, passou a utilizar sempre coroas feitas desse ramo, no qual significa vitória, poder, status e realização.
Não é novidade para ninguém que os gregos foram os responsáveis por idealizar e criar os Jogos Olímpicos originais, nas quais foram sendo modernizados até chegarem às competições atuais. E, quando se desejava premiar os atletas, utilizavam-se as coroas de louros. Imagine, naquela época, ostentar tal coroa para todos verem. Era de uma satisfação enorme para os atletas e seus familiares.
Mas não é somente o louro que é utilizado para se fazer as coroas: outros tipos de ramos também são frequentemente utilizados para tal, como é o caso do carvalho, no qual as suas folhas simbolizam a sabedoria, no qual se associava tal sabedoria equivalente ao de Zeus, já que conta-se que o deus supremo tomava as suas melhores decisões enquanto descansava em um bosque, abrigado embaixo de uma fresca sombra propiciada por um carvalho.
Coroa de Flores no Cristianismo
Além de ter o significado fúnebre, as coroas de flores também têm outros usos no que diz respeito ao cristianismo: é muito comum, na terceira semana de novembro que as igrejas católicas façam uma coroa com a utilização de flores ou de ramos de pinheiros, de uma forma bem ornamentada, que possa ocupar até 4 velas. E, até o dia da véspera de Natal, em todas as missas que forem realizadas (semanais) se acende uma vela, como uma forma de anunciar a vinda de Jesus Cristo para a Terra, ou seja, uma maneira de preparar a todos para o seu nascimento. Em alguns locais, no entanto, faz-se essa coroa utilizando ramos de cipó já secos, mas tomando o cuidado para que ela seja decorada corretamente.