Arbustos são árvores de pequeno porte ou ramificadas junto ao solo, pertencentes ao grupo das angiospermas dicotiledôneas, na maioria das vezes são lenhosas e possuem sua bifurcação bem baixa em alguns casos até na altura do próprio solo, geralmente essas plantas adultas não atingem os 6 metros de altura.
São muito usadas para ornamentação ou mesmo cobrir áreas para a visão das pessoas e orientar a circulação das mesmas, são excelentes “cortinas naturais” ou “cerca – viva” para esconder da vista das pessoas lugares pouco estéticos, e servem ainda como proteção de vento, ruído e pó.
Os arbustos são diferentes das árvores comuns devido as suas condições de crescimento. Normalmente as árvores apresentam um só tronco que se alongam até onde começam a se formar os seus galhos, já os arbustos são intermediários possuem várias bases, mas que podem suportar mais peso ao contrário das árvores.
Grotescamente falando, são árvores pequenas que tem diversos ramos junto ao chão. Como a maioria das plantas os arbustos também florescem na primavera embora existam algumas espécies que florescem antes.
Os lugares onde existe esse tipo de vegetação abrigam diversos grupos de animais bem diferentes entre si, já observados em diferentes estações do ano aves, insetos e larvas, mamíferos de pequeno porte assim como também são encontrados animais que permanecem nesse tipo de região apenas para reprodução ou proteção.
Conheça algumas espécies de arbustos que são mais conhecidas:
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Muito conhecida, é encontrada em locais secos com solos ricos em calcários. É típica de paisagens mediterrâneas, sendo perenifólio, é muito ramificado e chaga até os 2 metros. Possui a casca acinzentada, folhas cruzadas com cerca de quatro cm de comprimentos e margens enroladas. Suas flores são azuis claras, apresentam-se em cachos com poucas flores, seus ramos expelem um aroma de cheiro agradável, as abelhas que polinizam suas flores produzem um mel de sabor diferenciado, mais intenso, conhecido como mel de alecrim.
Abrunheiro Bravo (Prunus spinosa)
Bem presente em orlas de bosques desde planícies até grandes altitudes. Caracterizado como um arbusto silvestre de folhagem caduca e ramagem bem densa, esse arbusto possui espinhos braquiblastos. Nos períodos de Março e Abril formam-se moitas nos abrunheiros que ficam carregados de ninhos de aves. Denominada planta invasora caso não sejam controladas podem ocupar áreas bem vastas.
Seus abrunhos, drupas arredondadas de cor azul escura, quando se encontram maduras apresentam uma pruína cerosa que são visualmente irresistíveis, embora não sejam comestíveis. Eles são muito usados na preparação de licores e cachaça, possui ainda algumas propriedades medicinais.
Gibardeira (Ruscus aculeatus)
Encontrada em regiões mediterrâneas, e bosques não muito densos, a Gibardeira é um pequeno arbusto extremamente ramificado, apresenta pouco mais de 1 metro de comprimento. Possuem frutos avermelhados e bem atrativos, seus galhos formam moitas que são impenetráveis devido a sua densidade. É uma planta extremamente adaptável a seca e solos pobres, mas não resistem muito bem a ambientes muito frios.
Hera (Hedera helix)
Caracterizadas como trepadeiras perenifólias, que com ajuda das raízes (escoras) se arrastam pelo solo, árvores e muros. Possuem muitos ramos secundários e folhagem densa. Por apresentar o ciclo de floração mais tarde, salva a vida de muitos insetos também durante o período dos meses de outubro e novembro. Aves do tipo canoras são mais vistas comendo os seus frutos, assim também como fazem ninhos em seus ramos.
Algumas pessoas gostam de usar a Hera como adorno para cobrir as fachadas de suas casas. Embora a Hera seja uma trepadeira, ela não é uma parasita, mesmo que ela deteriora as paredes ela só se agarra as árvores, não se alimentam de sua seiva. Quando elas se espalham pelo chão nenhuma outra vegetação consegue se desenvolver, pois elas impedem a passagem de luz para que haja a fotossíntese.
Loureiro (Laurus nobilis)
Antigamente usado como coroa pelos gregos, hoje muito apreciado por cozinheiros e cozinheiras do mundo todo. Juntamente com outros ramos de cheiro, esta planta é repleta de outras virtudes uma delas é estimular as papilas gustativas para gastrônomos em degustação. Esse arbusto é considerado por muitos especialistas como antissépticos.
O óleo que pode ser extraído pelas suas bagas é chamado de manteiga de loureiro, serve para aliviar dores articulares. Na medicina veterinária são usados pelos mesmos motivos, sendo que uma pequena quantidade espalhada sobre o pelo no animal, já afasta as moscas.
Medronheiro (Arbustus unedo)
É bem encontrado em lugares onde a seca predomina, com solos áridos e ricos em silício. É um arbusto um pouco mais alto com média de altura que varia entre três e 6 metros de altura. Seus ramos jovens costumam ser avermelhados, possui as folhas persistentes, simples e serradas. Suas flores são brancas e verdes que se pendem em cachos.
O medronho é o fruto, que apresenta características arredondadas, vermelho quando maduro, e bem carnoso dentro dele contém de 20 a 25 sementes, e tem o gosto levemente ácido com sabor farináceo. Muito comum na região de Portugal, quando bem conservada por crescer até 10 metros, apesar de levar muito tempo, pois seu período de crescimento é muito lento.
O medronheiro é muito usado para decoração por causa da sua folhagem, e principalmente pelo fato de possuir os frutos que são bem coloridos durante o ano todo. Devido à grande quantidade de tanino e por seus frutos serem diuréticos são muito bem vistos e pesquisados por cientistas e médicos. A madeira deste arbusto também é muito boa para se trabalhar, é muito usada para produzir objetos embutidos e marcenaria em geral.
Zimbro
Segundo alguns autores de livros de botânicas, as árvores que são caracterizadas como resinosas são denominadas assim pelo fato de possuírem pinhas. Possuindo pinhas excêntricas (bem parecidas com bagas) os Zimbros são arbustos que de porte elevado, chegando a atingir o porte de pequenas árvores.
Algumas espécies são mais comuns, como: o Oxicedro (Cedro de Espanha – diferenciado por pinhas vermelhas) a Sabrina-da-Praia (bem comum próximo ao litoral) e o Zimbro-Comum (pinhos na cor negro azulado). Esse gênero se adapta muito fácil a qualquer tipo de solo, e também a temperaturas mais frias.
