Apesar de todos os avanços na tecnologia agrícola ao longo dos anos, um dos males mais comuns para quem trabalha neste ramo da economia são as intoxicações através dos agrotóxicos.
A maneira mais comum como estas intoxicações acontecem é através da falta do uso dos equipamentos de segurança obrigatórios para o manuseio e aplicação dos produtos usados na lavoura, para combater pestes, pragas, e manter as plantas saudáveis.
O uso de luvas, máscaras e proteção para os olhos é obrigatório por lei no manuseio de agrotóxicos, mas esta lei não é cumprida, principalmente em propriedades menores, de cunho familiar. O trabalho já é um velho conhecido de todos os envolvidos, e então o uso dos equipamentos se torna um problema, e não um hábito, fazendo com que as toxinas presentes em todos os produtos usados acabem por entrar em contato direto com a pele daqueles que os aplicam.
A intoxicação por agrotóxicos pode acontecer através do contato direto – cuja exposição prolongada pode causar doenças de pele de graus brandos, medianos, e até mesmo graves, como câncer de pele, nos pulmões, olhos e boca. Outra forma de intoxicação é através da aplicação errônea, ou então do manuseio posterior à aplicação não ser feito da maneira correta.
Os resíduos dos venenos aplicados em plantações e lavouras são tão perigosos quanto o veneno em si. As suas embalagens devem por lei, serem limpas e armazenadas de maneira adequada, e então devolvidas ao fornecedor, que deve dispor delas da maneira correta, através da incineração. Estas embalagens não devem ser usadas para outros fins, mesmo depois de lavadas – a água, apenas, ou produtos de limpeza caseiros não têm a capacidade de retirar todos os resíduos tóxicos destas embalagens.
Seu depósito inadequado pode causar intoxicação em massa, e até mesmo a contaminação e poluição de rios, vertentes, e lençóis d’água – basta que as embalagens, ou os agrotóxicos, sejam armazenados próximos demais às vertentes, e o perigo se faz.
Além disso, o uso indiscriminado de agrotóxicos pode causar a contaminação e intoxicação nos consumidores destas plantas que são tratadas com eles – é o caso de agrotóxicos em excesso, ou então de plantas cultivadas em ambientes já plantados, e não tratados da maneira correta.
Uma das grandes apostas para a redução do uso de agrotóxicos – e, com isso, do risco de intoxicação – são as plantações completamente orgânicas, onde todos os tratamentos venham de fontes naturais, e que sejam decompostos com o passar do tempo.
O valor de mercado deste tipo de cultivo também costuma ser mais alto, e a sua demanda cresce a cada dia – uma cultura mais saudável e sustentável, sem a necessidade de agrotóxicos, e que não coloca a vida de ninguém em risco.