Tipos de Orquídeas do Mato

Tipos de Orquídeas do Mato

As orquídeas são flores muito lindas, e com uma enorme variedade de espécies. São também alvo de muitas curiosidades de pessoas leigas, pois muitos as consideram como plantas muito frágeis e de difícil cultivo.

O fato é que elas, na verdade, não são difíceis de serem cultivadas, mas possuem sim algumas peculiaridades. Normalmente, as espécies de orquídeas são divididas em 3 grupos distintos. São eles: as epífitas, que sobrevivem fixadas em troncos de outras árvores; as rupículas, que são aquelas que se adaptam melhor em rachaduras das rochas e as terrestres, que é aquela espécie que vive no solo.

No post de hoje, falaremos um pouco mais sobre as orquídeas do mato e os tipos mais conhecidos. Continue lendi.

Saiba Um Pouco Mais Sobre as Orquídeas do Mato

Na mata atlântica, podemos encontrar a maior variedade de orquídeas do mato. Ao todo, são mais de 1500 espécies diferentes. Ao serem retiradas do seu habitat natural para serem vendidas, elas podem não sobreviver. E podem, até mesmo, contaminar os demais tipos de orquídeas que estiverem sendo cultivadas no mesmo ambiente que elas.

Quanto aos tamanhos, é possível encontrar orquídeas micros, em tamanho pequeno, médio e grande. Algumas espécies podem ser encontradas em grande quantidade. Outras, no entanto, são espécies raras e não encontramos muitas delas. E tem também as espécies que estão ameaçadas de extinção. Várias espécies de orquídeas que encontramos na natureza estão a altura de cerca de 30 a um metros de altura. De acordo com pesquisadores, algumas orquídeas já se encontram fixadas em outras árvores há mais de 30 anos. Inclusive, algumas são até mesmo centenárias.

Tipos de Orquídeas do Mato

Confira abaixo os principais tipos de orquídeas do mato que podemos encontrar:

  • Cattleya granulosa: podemos encontrar essa espécie de orquídea em Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Sendo que a maior concentração está no Rio Grande do Norte. As primeiras floradas dessa espécie costumam acontecer em meados de junho ou de julho, sendo mais frequente no extremo litoral norte. Nas outras localidades, é comum as floradas acontecerem até meados do mês de dezembro. Curiosamente, alguns exemplares floridos já foram encontrados até o mês de fevereiro. O período de maior floração acontece entre o fim de agosto e o fim de outubro.

    Cattleya Granulosa

    Cattleya Granulosa

  • Cattleya Labiata: a sua floração acontece entre o fim do verão e o início de outono. Ela também contém um perfume muito agradável, que costuma ser exalado, principalmente, durante a manhã. Esse tipo de orquídea é muito conhecido como “Rainha do Nordeste Brasileiro”.

    Cattleya Labiata

    Cattleya Labiata

  • Cattleya Júlio Conceição: considerada como a primeira orquídea híbrida no Brasil. Embora não seja nativa daqui, podemos encontrá-la nas florestas e também nas matas brasileiras. Ela recebe esse nome em homenagem a Júlio Conceição, que é o criador do Jardim Botânico de Santos. É um tipo de planta que não aprecia ser replantada.  Possui flores brancas com um pouco de perfume, e que duram, em média, 15 dias. Pode ser encontrada na região amazônica.

    Cattleya Júlio Conceição

    Cattleya Júlio Conceição

  • Rodriguezia Bahiensis: esse já é um tipo nativo do Brasil, que pode ser encontrado na Mata Atlântica, em regiões do Nordeste, como Pernambuco, Bahia e Paraída; e no Sudeste, em Minas Gerais. Apresenta pseudobulbos pequenos, e as suas raízes são abundantes e finas. É uma planta epífita, que gosta de meia luz. As suas pequenas hastes são o suporte para as flores brancas pequeninas, em tons de lilás e de amarelo no labelo. Também é conhecida como “buquê de noiva”.

    Rodriguezia Bahiensis

    Rodriguezia Bahiensis

  • Maxillaria Schunkeana: a sua flor mede cerca de 1,5 cm e fica escondida na folhagem em grande parte do tempo. Podemos encontrá-la em florestas do Espírito Santo. As pétalas dessa orquídea são confundidas como sendo negras. No entanto, elas são de um vermelho muito intendo e escuro. É uma espécie que floresce muito no decorrer do ano, mas as suas flores duram, no máximo, cinco dias. É uma planta de rápido crescimento. Ela gosta de locais mais úmidos e com sombra. Mas não gostam que suas raízes fiquem encharcadas.

    Maxillaria Schunkeana

    Maxillaria Schunkeana

  • Encyclia: é mais conhecida como orquídea mariposa. Nativa da América Tropical, é mais facilmente encontrada em toda a América Central, na região sul do México, e na América do Sul, em países como o Brasil, o peru, o Equador, a Comômbia e a Venezuela. Encontrada em muitos tipos diferentes de vegetação. Para sobreviver, ela precisa de boa ventilação, boa iluminação e temperatura mais alta.

    Encyclia

    Encyclia

Ao todo, esse gênero possui mais de 180 espécies diferentes catalogadas. E que habitam, principalmente, as matas mais abertas, com muita luz e quentes. Produzem muitas flores e com um perfume bem agradável. A suas flores são pequenas, medindo menos de 4 cm de diâmetro. Apresentam cores que vão desde amaralas até o verde musgo. E com algumas manchas brancas e púrpuras.

  • Brassia: esse tipo de orquídea pode ser encontrado no sul da Flórida, e também em muitos países da América Central e da América do Sul, como o Brasil, a Bolívia, o México e o Peru. A maior parte delas é epífita e brotam na lateral. Além de possuírem pseudobulbos em formato oval, que crescem juntos, no decorrer do rizoma. Também são conhecidas como “orquídeas aranha”. Possui hastes florais que brotam a partir da base de seus pseudobulbos e as suas flores possuem sépalas e as pétalas bastante alongadas.

    Brassia

    Brassia

Fornece várias flores, que chegam a durar por várias semanas. Gostam de calor e de umidade constante. Também são plantas epífitas e tropicais. Podemos encontrar esse tipo de orquídea em pedaços e em troncos de árvores. As suas principais espécies são: Brassia caudata, Brassia verrucosa, Brassia arcuigera, Brassia lanceana e Brassia gireondiana.

  • Lipares Nervosa: são plantas que gostam de detritos vegetais acumulados. São encontradas mais facilmente no Morro Santo. Possui flores pequenas. A sua inflorescência tem entre 5 e 20 flores. E costuma florescer de dezembro a fevereiro. Gostam de áreas mais úmidas e com muita lama, principalmente solo argiloso, debaixo de muita sombra, em florestas úmidas encharcadas e baixas. Dificilmente se adapta em regiões diferentes de seu habitat. E são raras de serem encontradas.

    Lipares Nervosa

    Lipares Nervosa

  • Acianthera Saurocephala: essa espécie é originária dos estados do Pará, Acre e Amazonas. Além de outros países também, como Honduras, Costa Rica e Trinidad e Tobago. É uma planta que cresce em touceiras, apresenta folhas ovaladas, caules cilíndricos, e uma planta bem robusta. As suas flores são alongadas, geralmente amarelas, bem abertas e com um pouco de verrugas no seu interior.

    Acianthera Saurocephala

    Acianthera Saurocephala

  • Gomesa: esse tipo foi descrito por Robert Brown. O seu nome é uma homenagem a um botânico e médico português, o Dr. Bernardino Antônio Gomes. São plantas encontradas em florestas úmidos, em torno dos rios. Também costumam crescer nas florestas tropicais costeiras montanhosas, a uma altitude que varia de 450 a 1300 metros, em estados como o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul. São plantas epífitas ou litofíticas, e que costumam ter bastante material orgânico preso na bainha dos seus pseudobulbos. Ela produz um número bem grande de pequenas flores em formatos bem peculiares.

    Gomesa

    Gomesa

A sua inflorescência pode chegar a 30 cm de comprimento. E as flores costumam ter de 2 a 3 cm. O período de maior floração acontece no verão. E dura 15 dias. Possui raízes aéreas e em abundância. As suas flores costumam ser desde amarelas esverdeadas, até verdes. E apresentam um agradável perfume. Podemos encontrar dois tipos dessa orquídea na Mata Atlântica: a gomesa crispa e a gomesa recurva. São fáceis de cultivar e costuma formar touceiras bem rapidamente.

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Categoria(s) do artigo:
Flores

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