A arte em arbustos é chamada de Topiaria. A palavra deriva do latim topiarius que significa “a arte de adornar os jardins”. Se trata de uma prática de moldar plantas perenes, do tipo arbusto, cortando sua folhagem de maneira que crie um formato desejado. Pode ser formatos geométricos ou fantasiosos. No filme “Edward mãos de tesoura” a topiaria aparece bastante nos jardins da pequena cidade, inclusive o próprio Edward ficou famoso na cidade pois conseguia criar arbustos incríveis apenas moldando-os com as mãos cheias de ferramentas de corte. A topiaria é uma forma de criar esculturas vivas e deixar os jardins mais bonitos e criativos.
A topiaria é feita geralmente com talento e criatividade e tesoura de poda jardinagem, mas há algumas técnicas que podem ajudar. Gaiolas de arame podem ser empregadas para que os arbustos cresçam de maneira guiada como desejado e facilita os processos de corte. Além disso, estaquias de condução também podem auxiliar as técnicas. Mas a topiaria tradicional depende apenas de paciência, mão firme, tesoura boa, criatividade e talento.
As plantas que geralmente são usadas na arte em arbustos devem ser perenes, isto é, não perdem suas folhas em nenhuma estação do ano, elas duram o ano todo. O ideal é que tenham muita folhagem e que possuam hábitos de crescimento compactos e densos.
A história desse tipo de jardinagem vêm desde muito tempo, desde os tempos romanos. Na realidade, pode ser uma arte mais antiga, datada de 500 a.C. se for contar os jardins suspensos da babilônia. Durante a idade média a técnica foi praticamente abandonada, mas no renascimento ela voltou a fazer sucesso e atingiu seu ápice com a criação dos Jardins de Versalhes. A partir disso, foram sendo criadas muitas técnicas que permitiram aos jardins serem grandes templos de contemplação.
Quais são as plantas mais usadas na topiaria? Como já dito, são plantas perenes, resistentes a podas, com folhagem densa e firme (folhagem coriácea), crescimento lento a moderado, grande longevidade. Segue abaixo algumas espécies:
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Murray paniculata – Murta
Murray paniculata – Murta
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Ficus benjamina – Figueira-benjamim
Ficus benjamina – Figueira-benjamim
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Buxus sempervirens – Buxinho
Buxus sempervirens – Buxinho
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Buxus microphylla – Buxo
Buxus microphylla – Buxo
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Rhododendrom simsii – Azaleia
Rhododendrom simsii – Azaleia
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Cupressus coccines – Cipreste
Cupressus coccines – Cipreste
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Pittosporum tobira – Pitósporo
Pittosporum tobira – Pitósporo
A topiaria deve ser iniciada já com a planta jovem, quanto mais velha for a planta mais difícil é começar a arte e fazer com que dê certo. Pois a planta jovem consegue se adaptar à frequência das podas, sendo assim ela fica mais densa e permite que a topiaria seja realizada. A melhor época para podar é no final do inverno e início do verão – lembrando que você deve começar a poda apenas após o período de floração, para não prejudicar a reprodução da planta.
O material para a topiaria é simples. Você vai precisar de uma tesoura para poda (corta sebes) afiada e esterilizada (sem resquícios de outra planta pois pode haver fertilização cruzada indesejada e propagação de doenças), arames e fios de nylon (para corrigir galhos e ramos rebeldes).
Existe uma técnica diferente da tradicional, que exige apenas talento, paciência e criatividade. É a Stuffed onde se utiliza suportes onde crescem plantas do tipo trepadeiras, como cipó, esfagno, gramíneas, unha-de-gato, fibra de coco, etc.
Além das técnicas básicas de topiaria, os cuidados de jardinagem devem ser considerados, como por exemplo o plantio, a adubação, a rega, iluminação ventilação, etc. Estude a espécie escolhida e cuide como ela necessita.
Algumas cidades no Brasil são famosas referências na arte de topiaria, como a cidade de Monte Sião, no Sul de Minas Gerais; Batatais, no estado de São Paulo e Victor Graeff que fica no Rio Grande do Sul.
