Um pinheiro é qualquer árvore conífera do gênero pinus da família Pinaceae. E Pinus é o único gênero da subfamília Pinoideae. Existem cerca de cento e vinte e seis espécies descritas de pinheiros. Antigamente os pinheiros eram chamados de Abetos. Os pinheiros são árvores sempre verdes, árvores coníferas (ou as vezes arbustos) que crescem até oitenta metros de altura.
São árvores nativas do hemisfério norte e em algumas partes do hemisfério sul. Podem ser encontrados em variados locais, desde o deserto semi-árido até em florestas tropicais, mas frequentemente ocorrem em áreas montanhosas com solos favoráveis.
Os pinheiros são árvores que podem viver até mil anos, alguns viveram até mais do que isso. O pinheiro mais antigo do mundo é o Bristlecone Great Basin, Pinus longaeva, possui cerca de quatro mil e seiscentos anos de idade. Esta árvore fica localizada nas montanhas brancas da Califórnia, nos Estados Unidos.
São árvores que possuem uma casca espessa e escamosa. Os ramos são produzidos em pseudo-verticilos, que se parece com um anel de galhos que surgem do mesmo ponto. Os novos brotos da primavera são chamados de velas e estão cobertos de botões marrons. Elas oferecem aos silvicultores um meio de avaliar a fertilidade do solo.
Elas são, geralmente, monóicas, o que significa “uma casa”, ou seja, árvores que possuem órgãos sexuais femininos ou masculinos, e não os dois na mesma árvore (dióica). Os órgãos sexuais são chamados de cones ou estróbilos, então existem os cones machos e fêmeas.
Os cones masculinos são geralmente pequenos (1 a 5 cm de comprimento) e os femininos são maiores e demoram de um anos e meio até três anos para amadurecer (têm de 3 a 60 cm de comprimento). Cada cone feminino possui muitas escamas dispostas em espiral, com duas sementes em cada escama fértil (pois as da base e da ponta são estéreis). Os cones femininos também são popularmente chamados de pinhas.
As sementes dos pinheiros geralmente são pequenas e aladas. Pois, diferentemente das angiospermas, as gimnospermas (árvores como os pinheiros) não possuem a ajuda dos animais na dispersão das sementes, por isso o vento é o único meio de dispersão. A não ser em alguns casos em que animais carregam as sementes (aves).
Muita gente imagina que a pinha, ou seja, as escamas individuais de dentro da pinha (cone), são as sementes das árvores e por isso se você plantar a pinha você poderá dar vida a um novo pinheiro. Mas não é bem assim. A pinha é a estrutura reprodutiva feminina da árvore.
Árvore de Pinha
Que comporta em cada escama uma estrutura com duas sementes pontiagudas. Esse cone amadeirado carregado de sementes é projetado para abrir quando os cones verdes amadurecem. Então quando você vê no solo as pinhas marrons e secas elas provavelmente estão sem sementes, pois estas já foram dispersadas pelo vento para outros locais. Para plantar um pinheiro o ideal é recolher as sementes muito pequenas e prepará-las para o plantio, que envolve alguns processos simples, como não enterrar as sementes, mas sim colocar em contato com o solo úmido.
Dependendo de onde você mora, nas épocas do ano mais frias você pode encontrar no solo as pinhas caídas ao chão logo abaixo e ao redor dos pinheiros. São estruturas impressionantes que a natureza nos deu e nós costumamos utilizar em decoração de natal. Você pode observar como as pinhas são especiais ao mudar a temperatura. Elas costumam fechar suas escamas quando estão muito úmidas ou muito geladas e abrir em condições contrárias, tudo isso é uma adaptação da natureza para que as sementes germinem apenas em condições ideais.
Alguns botânicos consideram a pinha como uma flor, alguns dizem que é outra estrutura, chama de estróbilo; mas todos concordam que não é um fruto, já que as gimnospermas não possuem frutos. Aqueles que dizem que não é uma flor justificam isso pois as flores são estruturas que possuem a função de atrair polinizadores, e isso não acontece com os pinheiros. As pinhas são estruturas que formam, carregam, protegem e dispersam as sementes dos pinheiros.
