Ninguém duvida de que as plantas são essenciais para a nossa qualidade de vida. Além de absorverem o gás carbônico para realização da fotossíntese, liberando oxigênio na atmosfera, elas fornecem sombra, equilibrando a temperatura ambiente.
Sem falar de que as árvores de grande porte servem de abrigo e fornecem alimentação para inúmeras espécies de animais, fundamentais para manter o ecossistema do planeta. As plantas também formam o início da cadeia alimentar, e podemos dizer claramente de que tanto os homens como as todas as espécies de animais não sobreviveriam sem a sua presença.
Desde que o homem deixou de ser nômade, cerca de sete mil anos Antes de Cristo, no período Neolítico, ele passou a cultivar espécies de plantas que servissem para a sua alimentação e desde então sempre se preocupou e garantir o melhor rendimento e produtividade para a sua plantação.
Em um mundo cada vez mais populoso- no final de 2011 foi registrada a marca de 5 bilhões de habitantes no planeta- o grande desafio de cientistas e agricultores é encontrar maneiras de se alimentar tanta gente com qualidade.
Diferenças entre Fertilizantes de Defensivos Agrícolas:
E para garantir uma produção agrícola que ofereça o rendimento suficiente para uma população que cresce vertiginosamente a cada dia, são necessários tanto fertilizantes como defensivos agrícolas.
Os primeiros são indicados para nutrir as plantas para que cresçam fortes e saudáveis, já os segundos são voltados para proteger a plantação de eventuais pragas, que volta e meia afetam as plantas, como insetos, fungos, vírus, bactérias e plantas daninhas.
Fertilizantes
Desde que o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar espécies de plantas para a sua alimentação de forma contínua, notou de que era possível aumentar o rendimento de sua plantação utilizando determinadas substâncias.
Os primeiros fertilizantes utilizados pelo homem foram as fezes de animais, lodo obtido em pântanos, lagos e rios, além de cinza vegetal resultante de queimadas. Também denominados de adubos, os fertilizante são todas as substâncias tanto naturais como industrializadas, que são utilizadas com o objetivo de fornecer nutrientes que o solo é carente e as plantas precisam para garantir a produtividade da colheita.
O processo de adubação do solo melhora a produção da plantação quando é utilizado o adubo adequado e na quantidade recomendada, além de não contar com fatores externos, como incidência de pragas, excesso de sol, falta de chuvas, entre outros.
Foi a partir do século XIX que surgiram os primeiros adubos industrializados, denominados adubos minerais, após a teoria de Justus Von Liebig, de que as plantas se nutriam por meio de minerais fornecidos pelo solo.
Defensivos Agrícolas: Como Surgiram
No caso dos defensivos agrícolas, estes são substâncias que podem ser tanto naturais como sintéticas, utilizadas individualmente ou misturadas, com o intuito de eliminar pragas nas plantações, como fungos e insetos, que costumam receber muitas críticas de órgãos de defesa do meio ambiente.
Isso acontece porque para combater a essas pragas, caso os defensivos agrícolas forem usados de maneira inadequada podem provocar diversos danos ao meio ambiente, como a contaminação do solo e nascentes de rios e lagos, além de contaminar os alimentos produzidos, que podem prejudicar a saúde tanto de quem os consome como também a população que vive em torno dessas regiões contaminadas. Além disso, para eliminar essa contaminação é necessário lançar mão de drogas ainda mais potentes e em maior quantidade.
Defensivos agrícolas enquadram-se em diversas categorias: germicidas, fungicidas, herbicidas, entre outros. Foi a partir dos séculos XVI e XVII com os primeiros estudos científicos é que o homem passou a conhecer melhor as pragas e os meios que poderia usar para enfrentá-las.
O primeiro defensivo agrícola que obteve sucesso em alta escala foi na década de 40 do século XIX, desenvolvido para combater o míldio, uma espécie de fungo que afeta os brotos das videiras. Foi no século XX, em 1942, que surgiu um dos defensivos agrícolas mais conhecidos: o DDT, desenvolvido pelo patologista suíço Paul Müller, que descobriu as propriedades inseticidas desse composto organoclorado, que foi sintetizado anos antes, em 1874, sendo posteriormente conhecido em todo o mundo como DDT.
Foi durante a II Guerra Mundial que os alemães descobriram defensivos agrícolas ainda mais fortes, chamados de compostos organofosforados. Na época acreditava-se de que o uso e inseticidas cada vez mais fortes poderia eliminar as pragas para sempre. Entretanto, com o tempo notou-se que as próprias pragas desenvolviam defesas naturais, ficando cada vez mais resistentes.
Por isso que nos tempos atuais, com a preocupação com a proteção do meio ambiente, os cientistas procuram desenvolver defensivos agrícolas mais eficientes e que não contaminem o meio ambiente. E para defender a plantação das pragas, cada vez mais se buscam alternativas naturais para evitar a contaminação da água e do solo.
A eliminação de plantas daninhas por meio da extração manual e uso de defensivos orgânicos costumam ser algumas das alternativas aos agrotóxicos, no caso de plantações menores, como pequenas hortas ou propriedades voltadas à agricultura familiar.
Já para as grandes plantações, os agricultores utilizam defensivos agrícolas de origem vegetal ou animal. No caso dos produtos de origem vegetal, os mais usados são: nicotina, rotenona, anabasina, rianodina, nornicotina, e alcaloides de veratrina. Já os defensivos agrícolas de origem animal mais utilizados são os produtos à base de toxinas desenvolvidas pelo Bacillus thuringiensis.
Classificação dos Defensivos Agrícolas:
Os defensivos agrícolas atuam por meio de asfixia, envenenamento ou contato, podendo ser tanto de origem mineral, animal ou vegetal, bem como produtos orgânicos sintetizados. Além dos defensivos agrícolas de origem animal e vegetal citados acima, também existem os produtos de origem mineral, os chamados inorgânicos, elaborados à base de substâncias químicas como: arsenito de sódio e de bário, criolita e selênio, cloretos de mercúrio, acetoarsenito de cobre, arseniatos de alumínio, de sódio chumbo, e de cálcio, que foram muito usados nos anos 1950.
Normalmente os agrotóxicos são pulverizados nas plantações através de um equipamento adequado, que vão de pequenas bombas acionadas manualmente e até mesmos aqueles grandes aspersores, que vemos muito em filmes e reportagens, que são utilizados em aviões, com o objetivo de cobrir extensas plantações.
Atualmente quase todos os países desenvolvidos proibiram o uso de diversos defensivos agrícolas, como o BHC, cianetos, paration, retenona e o DDT. Assim como os países desenvolvidos, nosso país conta com uma legislação para regular a utilização e venda de defensivos agrícolas, mas, infelizmente, como existe pouca fiscalização, essas leis existentes quase não são respeitadas.