Os fertilizantes provenientes da mistura de composto orgânico e fontes minerais, chamado adubo organomineral, são capazes de reduzir a aplicação de nutrientes em até quarenta porcento.
No adubo organomineral, pela alta quantidade de matéria orgânica e minerais, as perdas dos nutrientes como nitrogênio, potássio, fósforo ou ureia são praticamente reduzidas a zero. Com o maior aproveitamento do adubo no solo, o organomineral faz com que o produtor possa usar de 35% a 40% menos das fontes de nutrientes, o que representa uma redução significativa dos gastos do produtor.
Além da economia, o adubo organomineral devolve vida ao solo e incentiva a proliferação de microorganismos e reestrutura o solo, que vai absorvendo melhor os nutrientes aplicados. Com isso, após cerca de quatro anos de uso do adubo organomineral, é possível aplicar até metade da quantidade que estava sendo utilizada inicialmente.
O fertilizante organomineral é produzido em duas fases. Na primeira, é obtido um composto orgânico e, para isso, o resíduo orgânico é decomposto. A segunda etapa é o balanceamento, feito de acordo com a cultura em função da sua exigência e do que o solo pode fornecer. Os custos desse processo são relativamente baixos e o solo rapidamente deixa de ser estéril e passa a ser um solo com microorganismos, com matéria orgânica e boa estruturação.
Na adubação em cafeicultura, por exemplo, como tem características orgânicas e minerais próprias, as perdas que normalmente ocorrem com nitrogênio, fósforo e potássio podem ser reduzidas quase a zero. Isso possibilita uma redução de 35% a 40% dessas fontes. E essa redução de 40% nas fontes vale para qualquer cultura, principalmente café, milho, soja, cana e feijão.
O benefício físico e biológico do solo, com o maior aporte de nutrientes e matéria orgânica, faz com que a adubação organomineral também seja uma vantagem ambiental. O adubo é produzido a partir de resíduos orgânicos como restos de culturas e subprodutos da indústria. Esse material seria descartado, se tornando lixo e poluindo o meio ambiente. A transformação desses componentes em fertilizantes acaba com um elemento passivo ambiental reduzindo a poluição. Esse processo em grandes indústrias pode, inclusive, ser convertido como crédito de carbono.
Além das vantagens para o produtor e para o solo e o meio ambiente em geral, ainda há as mudanças do ponto de vista do consumidor, que vai perceber que o produto cultivado é de melhor qualidade.
O adubo organomineral é viável tanto para os pequenos e médios quanto para os grandes produtores e empresários rurais. A base do adubo é a compostagem de matéria orgânica que é a mistura de sobras da atividade agropecuária como bagaço de cana, palha de café, palha de milho, restos de horta agrícola, serragem e cama de frango. Essa matéria-prima é misturada a fontes minerais e aplicada diretamente no solo.