Adubo Para Milho

Fazer uma análise do solo é bastante importante para saber quais respostas o milho dará quando for usada uma adubação fosfatada. A quantia recomendada de fósforo na adubação do milho será feita de acordo com os nutrientes já contidos no solo. Essas dosagens precisam ser deixadas diretamente no sulco de plantio e ainda deverão ser ajustadas de acordo com as situações, levando-se em consideração, além das implicações obtidas com a análise da terra, a quantidade produzida com a cultura nas proximidades e também o grau tecnológico usado pelos agricultores.

O Fósforo

Através da lixiviação de fósforo por meio das águas de percolação que quase não está presente nos solos minerais, ele costumar se impregnar na terra de maneira que, conforme os anos passarem haverá uma maior quantidade no solo, desse nutriente. Desta forma, quando a terra passar a demonstrar teores de fósforo a um grau crítico, valoração acima daquela da qual não se aguarda uma resposta positiva do milho ao nutriente, a manutenção da quantidade é efetuada através do processo anual de reposição da quantidade retirada através da colheita do produto.

No caso do milho, para cada tonelada produzida costuma-se exportar 10 kg de P205/ha. A mesma quantidade deve ser considerada quando se planta o milho para a confecção da forragem, já que, a saída do fósforo, quando se planta o grão com este objetivo, é igual àquela para o cultivo de grãos, onde se encontra quantidade maior que 80% do fósforo concentrado pela cultura.

Em se tratando do milho cultivado sob irrigação, consegue-se uma maior produtividade usando a dose igual de fósforo, já que o P-fertilizante usado, da mesma forma que o do solo, são mais eficazes utilizados através da cultura.

O Potássio

O potássio, depois do nitrogênio, é o nutriente absorvido em quantidades maiores pelo milho, sendo que 20% dessa parte acabam saindo nos grãos. Entretanto, há poucos anos, as respostas conseguidas com o potássio por meio de estudos de campo com o grão eram, geralmente, mais modestas e menos frequentes que as conseguidas para nitrogênio e fósforo, especialmente em razão dos níveis baixos de produtividades atingidas.

No entanto, nos últimos tempos tem-se observado uma mudança nessa situação em razão das seguintes situações:

  1. Utilização recorrente de formulas de fertilizantes com teores baixos de potássio;
  2. Sistemas de produção usados pelos cultivadores como a rotatividade milho-soja, um grão bastante exigente e que retira bastante potássio;
  3. Utilização de híbridos de milho com grande capacidade de produção;
  4. Os agricultores têm-se demonstrado mais conscientes da obrigação de recuperação da capacidade fértil da terra por meio de fertilizantes e calcário, especialmente nitrogênio;
  5. Ampliação da utilização do milho como planta de forragem, bastante exigente e com saída de potássio;
  6. Aumento da região irrigada como uso ativo da terra e potenciais maiores de produção de outras culturas.

Para exemplificar podemos mencionar um estudo desenvolvido por Coelho et al. que traz dados sobre adubação potássica em plantações recorrentes de milho com a finalidade de produzir forragem e grãos, usando a irrigação, num Latossolo Vermelho-Escuro com quantidade inicial de 0,15 cmolc/dm3de potássio.

Da mesma forma que o fósforo, analisar o solo é importante para conseguir entender as respostas do milho depois de receber a adubação potássica. Melhora na produção em razão da aplicação de potássio pode ser vista em solos com baixos teores e com dosagens de até 120 kg de K2O/ha.

No caso dos solos da parte central do Brasil, a porção disponível de potássio é quase sempre baixa e a adubação feita com esse nutriente causa significativos resultados. Acréscimo na produção de 100% com aumento de 120 a 150kg de K2Olha são habituais.

Momento da Aplicação e Parcelamento

Adubação em Parcelamento

A mais intensa absorção de potássio pelo milho acontece nas fases iniciais do crescimento. Assim que a planta agrega 50% de matéria seca, o que pode demorar até setenta dias, ela concentra aproximadamente 90% da sua total necessidade de potássio. Desta forma, recomenda-se fazer a aplicação do fertilizante no sulco em razão da semeadura do milho.

Isso se torna fundamental para aqueles solos com deficiência, nos quais a localizada aplicação consente em manter concentração maior do nutriente perto das raízes, beneficiando um desenvolvimento maior e inicial das plantas.

A parcelada aplicação do potássio pode ser efetuada de acordo com as situações seguintes:

  1. Solos com alto teor de deficiência desse nutriente, em que sejam recomendadas doses altas de fertilizante.
  2. Sempre que o grão for cultivado propriamente para a forragem, em que quase sempre são usadas altas doses de potássio em razão da maior exportação de tal substância.

Magnésio, Cálcio e Enxofre

A nutrição com magnésio e cálcio geralmente não se constitui uma preocupação grande nas situações de adubação, já que a prática de calagem se mostra a forma mais habitual de fornecimento destas substâncias para as plantas.

A retirada do enxofre pelo pé de milho é diminuta e pode sofrer alterações de 15 a 30 kg/ha, para o cultivo de grãos em torno de  7.000 kg/ha. Em outros tempos, o plantio do milho em solos repletos de matéria orgânica, a utilização de fórmulas de fertilização com menor concentração de enxofre e os níveis baixos da produção colaboraram para diminuir os problemas da falta desse nutriente. Nos dias atuais, com a utilização mais intensiva da terra e de composições de adubos com concentração menor, sem enxofre, tendem a melhorar as respostas a esse nutriente.

A quantidade de enxofre na terra na forma de sulfato é usada para antever respostas ao nutriente. Desta forma, em solos que tenham quantidade de enxofre menores que 10 ppm o milho tende a mostrar maior probabilidade de uma resposta a essa substância. Nesta situação, é recomendada a colocação de 30 kg de S/ha.

Geralmente, as necessidades de enxofre ao milho são providas por meio do fornecimento de adubos carreados de macronutrientes primários e ainda que levam o enxofre. O superfosfato simples (com 12% de enxofre), o sulfato de amônio (com 24% de enxofre) e o gesso agrícola (até 18% de enxofre) são as mais habituais fontes dessa substância.

Micronutrientes

Em nosso país, o zinco é o mais limitante micronutriente para a produção do milho, ocorrendo com normalidade sua deficiência na região do centro do país, na qual predominam a vegetação de cerrado, apresentam em geral teor baixo de zinco no solo de origem. Nesta situação, quase todas as pesquisas feitas apresentam resposta do milho para a adubação feita com zinco, ao acontecendo a mesma coisa com os demais nutrientes.

O cultivo do milho é um dos segmentos mais lucrativos e bem sucedidos no Brasil, mas é importante atentar para alguns fatores importantes como, por exemplo, a adubação do milho, que deve ser feita para que ele cresça forte e bonito.

Entretanto, antes de começar a aplicação de adubo para milho por conta própria, é necessário saber que cada fase de crescimento desses grãos precisa de um tipo de nutriente em especial. Dessa forma é importante usar esse conhecimento para poder escolher de forma assertiva o tipo de adubo que será utilizado em cada fase da planta.

Alguns períodos do desenvolvimento do milho são de intensa absorção, enquanto outros são de absorção bem menos intensa. Também é observável que o milho apresenta uma absorção diferenciada de Potássio, Nitrogênio e Fósforo. Para que o cultivo seja feito de forma adequada é interessante ter a ajuda de profissionais dessa área de plantação.

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