Pragas das Plantas: Livre-se das Ervas Daninhas

Erva daninha ou ervis danium (do latim) tem como significado erva danadinha, nome que antigamente se dava para as mulheres que traiam seus maridos. Como a planta é travessa e traiçoeira, adquiriu a mesma nomenclatura.

Elas são responsáveis por estragar algumas plantações, pois roubam os nutrientes e em alguns casos até a luz das outras plantas, que geralmente são de produção. Muitos agricultores e produtores sofrem com esse tipo de praga, que também pode ter uma relação benéfica com outras plantas.

As Pragas Devem Ser Controladas

As Pragas Devem Ser Controladas

Plantas daninhas são definidas de várias formas, como: plantas que interferem nos objetivos da agricultura e atrapalham o homem, plantas que crescem onde não são desejadas ou plantas que não têm suas vantagens definidas ainda. Por exemplo, podemos mencionar o quanto uma planta de algodão é estranha em uma plantação de mamona.

Características

  • São plantas que crescem e se desenvolvem muito rápido, usando toda a eficiência da água;
  • São muito adaptadas a qualquer tipo de clima;
  • Seus intervalos entre germinação e floração são bem curtos;
  • São facultativos e auto compatíveis, poliplóides e perenes;
  • Suas sementes apresentam estruturas dispersivas e germinam em qualquer tipo de solo que esteja úmido e mal preparado;
  • Alto período de dormência;
  • Vivem muito tempo;
  • Produzem muito e em larga escala as sementes produtoras;
  • São consideradas plantas pragas.

Tipos de Ervas Daninhas

As ervas daninhas são classificadas, identificadas e catalogadas através do formato de suas folhas, através de seu ciclo de vida e sua preferência por determinado clima ou estação do ano.

Tendo uma infinidade de formatos, as folhas das ervas daninhas podem ser variadas. As gramíneas, por exemplo, têm folhas longas e estreitadas, bem como são totalmente diferentes perto das outras que são de um grupo de folhas largas. As ervas de folhas largas apresentam sementes que possuem um par de órgãos para armazenamento, e após a germinação, viram folhas (propriamente chamadas de cotilédones), exatamente por isso são comumente chamadas de dicotiledôneas.

Já as gramíneas são monocotiledôneas. Algumas espécies apresentam a singularidade de terem folhas largas também, mas no geral apresentam folhas estreitas e alongadas. Existe outra classe, também conhecida como caniços, muito difíceis de controlar e que por isso são tão importantes. Já a tiririca, barba de bode ou junca, já foi considerada por alguns agricultores e agrônomos como a pior planta praga do mundo.

Essa erva (Cyperus rotundus) é classificada como perene. A diferença entre plantas anuais e perenes é que as anuais produzem sementes, germinam e florescem em apenas uma estação, enquanto as perenes possuem órgãos chamados rizomas, que são armazenados subterraneamente, o que possibilita a germinação por muitos períodos em um ano. A reprodução pode acontecer em plantas perenes tanto através desses rizomas quanto através de sementes. Outro tipo de planta pode florescer em uma estação e germinar em outra, sendo essas as conhecidas como bianuais.

Elas são mais bem adaptadas para se desenvolverem em temperaturas específicas do dia. Isso tem a ver com os lugares onde são encontradas (apenas em alguns tipos de lavoura) e também em que épocas são mais vistas. Algumas espécies podem prevalecer mais em um clima do que em outro. Sua polinização pode ocorrer de forma zoocórica ou através do vento.

Como Controlar?

Após a emergência da planta cultivada, o período crítico de interferência da planta praga é feito entre 15 a 30 dias. Após esse período, qualquer interferência não atrapalha mais o que estiver sendo cultivado e nem afeta a produtividade. Porém, essa erva daninha pode trazer dificuldades na cultura que está sendo plantada, como no tratamento da própria colheita, ou mesmo os problemas fitossanitários.

O controle preventivo pode ser feito através de:

– Usar esterco, insumos isentos de sementes, rizomas de plantas daninhas ou palha;

– Limpar o terreno antes de plantar a cultura;

– Utilizar sementes que não tenham propágulos de plantas pragas;

– Controlar as ervas juntamente com irrigação e carreadores.

A rotação das espécies de culturas pode ajudar na hora de evitar que as plantas pragas se espalhem, assim como o espaçamento adequado entre as plantas e o semeio das culturas logo após a gradagem da terra.

As plantas também podem ser controladas através de controle mecânico, como cultivo mecânico e capina matinal, processo em que as ervas são arrancadas mecanicamente mesmo. É um processo mais demorado e gera resíduos, mas é o mais usado.

Os herbicidas também podem ser usados, porém, o controle químico deve ser utilizado com consciência, devido aos danos que eles podem trazer ao solo, às culturas e aos possíveis lençóis freáticos presentes na região. A contaminação desses recursos é muito comum quando os herbicidas não são usados da maneira correta.

Os herbicidas são utilizados quando o solo apresenta plantas pragas que podem prejudicar o plantio, sendo que devem ser usados antes da plantação e depois da aragem do solo. A maioria dos herbicidas hoje é fotodegradável, pouco solúvel em água ou volátil, sendo um produto colocado a 7 centímetros de profundidade no solo.

Controle de Pragas

Controle de Pragas

A aplicação pode ser feita em pré-emergência das plantas pragas, ou seja, antes delas emergirem. O solo deve estar úmido, e em caso de solos mais argilosos, a dosagem deverá ser maior para que o controle tenha efeito.

Os herbicidas também podem ser aplicados após a emergência das ervas, depois da germinação, sendo que quanto mais jovens forem as plantas, mais eficiente será o eliminador. Os prejuízos também serão menores para os próprios produtores, devido à competição que as pragas exibem sobre as culturas plantadas.

Nesse caso, a eficiência do herbicida usado após a emergência das plantas pragas depende do clima e do metabolismo da planta, sendo que elas podem responder mais rapidamente ou não ao tratamento. A baixa umidade é pior para a absorção e assimilação do herbicida, isso porque a taxa de evaporação é a metade da normal nessas épocas do ano. Já a temperatura fica totalmente à mercê do metabolismo da planta, assim como sua volatilidade. Quando os ventos que reduzem a aplicação aparecem, tornam-a difícil e complicada, e o tratamento quase inviável. Mas, acabar com essas pragas não é tão difícil quanto parece, e o resultado pode ser bem visível logo nos primeiros dias, isso quando o herbicida é aplicado corretamente.

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