Trapoeraba: Uma Espécie de Difícil Controle

Caspar Commelijn ou Casparus Commelinus, como muitos gostam de chamar, foi um importante botânico holandês que descobriu uma das espécie de mais difícil controle que existem hoje no mundo. Seu nome foi usado para homenagear a sua grande descoberta: a ordem Commelinales. Esta ordem possui nada mais nada menso do que cinco famílias botânicas, cada uma com as suas características especiais. Tal espécie é encontrada no Brasil em treze gêneros distintos ou sessenta espécies, e que se junta a muitas culturas populares sendo conhecida por Trapoeraba. Neste artigo, você vai saber tudo sobre esta planta.

Informações Gerais

A Trapoeraba é uma herbácea que possui muitas flores durante o seu desenvolvimento, originária dos trópicos. Ela possui uma grande capacidade adaptativa que foi desenvolvida ao longo dos anos, ou até mesmo por trabalhos de especialistas responsáveis pelas diversas hibridizações da espécie. Com isso, ela pode ser facilmente cultivadas em áreas de climas subtropicais e também temperados. Suas hastes são ascendentes, compridas e podem alcançar até mesmo 40 cm de altura. Quando os nós dessas hastes tocam o solo, a planta de enraíza facilmente sem precisar de muita ajuda de jardineiros ou qualquer outro estimulo.

Informações Gerais

Informações Gerais

Folhas

Suas folhas são bastante chamativas por serem lanceoladas ou lineares. Dessa forma, sua coloração predominante é o verde escuro, deixando a espécie bem brilhosa ao longo do seu desenvolvimento. Além disso, a folhagem pode ser glabra e macia, com tons de roxo em suas margens, sempre onduladas e com cílios brancos.

Flores

As Flores da Trapoeraba são de estrutura simples e possuem apenas duas pétalas na maioria dos casos ou variantes da espécie. A floração se dá de forma axilar, podendo possuir até mesmo uma terceira pétala deixando as flores ainda mais vistosa. Quando este terceiro elemento aparece nas flores, a sua estrutura se torna um pouco mais complexa. Geralmente, esta é pequena e branca, além de ser muito discreta, quase que imperceptível.  É no verão ou na primavera que as florações começam a ocorrer.

Formas de Cultivo

A Trapoeraba possui uma forma de cultivo não muito complexa. Na verdade, a planta não tolera períodos muito seco e é apenas com isso que os jardineiros de plantão precisam se preocupar, já que ela não se desenvolverá bem. Esta espécie é considerada bastante rústica  e adequada para a formação de belos maciços ou até mesmo renques junto a muros no geral. É muito indicada para ser coloca em volta de tronco de árvores, já que cobrem o solo deste local de forma eficaz, formando uma linda maneira de ornamentar os jardins. Desta forma, a espécie é conhecida como forração de meia-sombra. Além disso, a Trapoeraba pode ser facilmente plantada em jardineiras e vasos de qualquer tamanho.

Formas de Cultivo

Formas de Cultivo

O Plantio

A espécie é uma daquelas que se desenvolve muito bem em sol pleno e, na verdade, é disso que ela mais precisa para crescer de forma saudável, não deixando o seu solo seco demais. O terreno deve ser bem irrigado e de forma constante, bem como adubado da maneira adequada. Use muita matéria orgânica para acrescentar ao terreno de plantio e não se esqueça que a terra deverá ser leve e permanentemente úmida. A meia-sombra também não atrapalha no desenvolvimento da mesma, podendo ser usada então em diversos locais diferentes.

O Difícil Controle

devido a alta capacidade de adaptabilidade da Trapoeraba e também do seu rápido crescimento, ela poderá ser uma planta de difícil controle, se tornando muitas vezes invasiva. A sua propagação, por exemplo, se dá por estaquia e sementes, o que, na verdade, é uma forma de multiplicação muito acelerada e que contribui para estas características. Por este motivo, muitos especialistas consideram a Trapoeraba uma espécie de erva daninha que pode até se tornar uma praga quando não cultivada da forma correta. Porém, em alguns locais, a espécie é considerada uma boa opção de plantio, mesmo que se torne invasiva.

No Brasil

No Brasil, por exemplo, a daninha Trapoeraba é muito utilizada na agricultura para auxiliar algumas plantações em seu crescimento. Ela é muito cultivada junto ao plantio de café, soja milho, cítrus ou frutas cítricas no geral, cana-de-açúcar, arroz, pastagens, frutíferas, hortaliças e espécies ornamentais. Em cetos locais, a presença da Trapoeraba pode gerar uma competição com outras espécie,s gerando assim a sua característica invasiva de forma negativa para plantações e outras funções agrícolas.

Formas de Controle

Para que a Trapoeraba não se tone um problema para plantações e nem que o seu lado negativo como daninha surja, é preciso aplicar algumas forma de controle que ainda estão sendo avaliadas por especialistas. Muitos desses estudiosos descobriram que a causa para o aparecimento abusivo da espécie nas plantações ocorreu devido ao transporte: o trânsito de máquinas necessárias a agricultura nessas plantações pode ter levado aos propágulos de uma área para outra através da terra aderida nas rodas das mesmas. Com isso, os especialistas aconselham que estas máquinas estejam sempre limpas e que possam ser lavadas quase que diariamente para evitar que tais ervas daninhas consideradas exóticas invadam exageradamente as áreas de cultivo. Uma outra forma de realizar este controle é prestando muito a atenção em determinadas mudas. Se o seu objetivo é cultivar milho ou café, observe sempre se a trapoeraba não está aderida à essas mudas, o que na verdade é muito frequente. Para evitar mais contaminação das áreas de cultivo, é sempre bom optar pela compra de sementes fiscalizadas.

A Drenagem do Solo

Muitas espécies herbáceas pedem em seu cultivo um solo bem drenado. No caso da Trapoeraba, isso não é necessário ao seu desenvolvimento. Na verdade, em muitos casos, a plantão não consegue nem se desenvolver. Por isso, o cultivo de outras espécies em solos não drenáveis pode ser uma forma de controle das características daninhas da espécie. Uma outra forma de evitar esta propagação exagerada é diminuir a sua área de cultivo, já que a espécie precisa de grandes espaços para se propagar e , assim, se tornar bastante invasiva.

Escrito por Jéssica Monteiro da Silva

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Categoria(s) do artigo:
Flores

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Comentários

  • Essa plantinha pode ser entendida como uma praga para os negócios ou como uma bênção para se pôr na mesa.
    É enquadrada como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) e justamente por sua adaptação fácil a muitos tipos de ambiente ela pode ser largamente utilizada na alimentação, tanto de gado (como citaram no texto) como de humanos.
    As folhas são saborosas sim, caem muito bem em saladas, ou cozidos, refogados, misturas de arroz, farofa… o que a imaginação permitir.

    Difundindo a utilização de PANCs vamos acabar com o incômodo manejo com herbicidas e garantir alimento na mesa.

    Florianópolis – SC

    Veronyca 11 de julho de 2013 21:18 Responder
  • GOSTARIA DE APRENDER SOBRE PLANTAS (ERVAS) DANINHAS (SELVAGENS) COMESTÍVEIS: TEM COMO AGENTE TER ACESSO A CURSOS NA INTERNET COM SLIDES DAS PLANTAS (ERVAS) COM SEUS NOMES VULGAR e CIENTIFICO e TAMBÉM COMPARANDO COM AS VENENOSAS SEMELHANTES NÃO COMESTÍVEIS?

    SERÁ QUE JÁ TEM UM CURSO COMPLETO SOBRE ISSO? OU PELO MENOS UM CURSO COM AS PLANTAS DANINHAS MAIS CONHECIDAS? SE NÃO TIVER FAVOR QUEM TEM O DOMÍNIO DESSAS PLANTAS SILVESTRES COMESTÍVEIS: MONTAR UM CURSO COMPLETO ou COM AS PLANTAS MAIS CONHECIDAS.

    OBRIGADO,

    JULIO

    JOSÉ JULIO DE SOUZA 19 de abril de 2014 14:26 Responder

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