Jardim Botânico do Rio de Janeiro

O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro é localizado no bairro Jardim Botânico, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no sudeste brasileiro. É com certeza uma das mais belas e preservadas áreas verdes do Rio de Janeiro. A diversidade da fauna e da flora são de impressionar qualquer visitante. Existem cerca de seis mil e quinhentas espécies, entre elas muitas são ameaçadas de extinção. O local possui uma área equivalente a cinquenta e quatro hectares. A área verde foi declarada pela Unesco como reserva da biosfera, com cerca de nove mil espécies vegetais conservadas.

O Jardim botânico fica responsável por organizar e coordenar a lista de espécies da flora brasileira, avaliando o risco de extinção. Além disso, ele possui muitos monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico, além de ser a biblioteca botânica mais completa do Brasil, com mais de trinta mil volumes e seiscentas e cinquenta mil amostras desidratadas (informatizadas) e disponíveis para o público – mostrando um pouco da importância do instituto.

História

Foi fundado em 13 de junho de 1808. Na época, o príncipe regente português, Dom João IV decidiu instalar uma fábrica de pólvoras e junto a ela um jardim para aclimatação de espécies vegetais exóticas. Em 1995 o local recebeu o nome de Instituto de pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e hoje é um órgão federal diretamente relacionado ao Ministério do Meio Ambiente e é um dos centros de pesquisa mais importantes do mundo em questão de conservação da biodiversidade.

Sobre o JBRJ

A área total do instituto é de cento e trinta e sete hectares, sendo cinquenta e quatro delas de área cultivada, abrigando coleções incríveis e raras de bromélias, orquídeas, árvores centenárias e muitas plantas exóticas.

Além disso possui uma coleção incrível de obras que fazem parte de um enorme patrimônio histórico e cultural. Dentre elas, estão: estátuas de Eco e Narciso de mestre Valentin, Portal da Academia de Belas Artes, Jardim Japonês, etc.

A riqueza das espécies no Jardim não se resume aos vegetais. Há uma riqueza de espécies de aves que pode ser observada. Há mais de cem espécies que podem ser facilmente observadas nos troncos e nas copas das árvores. Além de outros animais.

A instituição possui 650.000 plantas desidratadas, uma carpoteca (local onde se guarda apenas frutos) com 7500 espécies secas, uma xiloteca (local onde se guarda madeiras) com 9.000 amostras desidratadas, um enorme orquidário e uma biblioteca com 66.000 volumes e 3.000 obras.

Aleias E Locais Do Parque

No parque as ruas são denominadas como Aleias, pois são sempre acompanhadas por muitas árvores em voltas. É lindo. Os principais locais são nomeados e estão dispostos no guia. Abaixo um resumo dos principais:

  • Aleia Barbosa Rodrigues: É a Aleia principal, cartão de visitas. Com Palmeiras-Imperiais ladeando o caminho.
  • Aleia Custódio Serrão: Caracterizada pelos lindos Abricós-de-macaco e também de Sumaúma, que é uma das maiores árvores do mundo.
  • Aleia Pedro Gordilho: Rodeada de Pau-Brasil, árvore que nomeia o país.
  • Chafariz Central: Também chamado de Chafariz das Musas, é o ponto central de todas as Aleias do JBRJ. Foi fabricado na Inglaterra e possui duas bacias, com quatro figuras representantes das maiores riquezas do mundo criadas pelo homem (a música, a poesia, a ciência e a arte).
  • Solar da Imperatriz: É uma construção que foi criada para o primeiro engenho de açúcar da região na época.
  • Casa dos Pilões: Núcleo arqueológico, donde funcionava a fábrica de pólvora.
  • Aqueduto da levada: Hoje modificado com novas áreas com coleções botânicas, além de recuperação paisagística relacionada com o Caminho da Mata Atlântica, foi inicialmente criado para ordenar o curso das águas dos rios do Vale da Margarida.
  • Cainho da Mata Atlântica: Caminho aberto num fragmento nativo preservado do bioma original.
  • Memorial Mestre Valentim: Em homenagem ao artista Valentim da Fonseca e Silva. Abriga obras provenientes da demolição antiga da Fonte das Marrecas, como Aves Pernaltas e estátuas de Eco e Narciso.

    Obra de Mestre Valentim

    Obra de Mestre Valentim

  • Lago Frei Leandro: Em homenagem ao primeiro diretor do Instituto. Possui vitórias-régias na água e no entorno pode-se encontrar lindos exemplares da Árvore do Viajante.
  • Cômoro: É uma elevação próxima ao lago, que existe exatamente porque o lago foi criado. Com uma jaqueira que existe desde a criação. Uma mesa de granito que existe desde que Dom Pedro II a usava para fazer suas refeições, além de um relógio de sol.
  • Orquidário: Construído no fim do século dezenove, abriga mais de setecentas espécies, além de antúrios, filodendros, avencas e samambaias.
  • Bromeliário: É o maior da cidade do rio de Janeiro, com mais de mil e setecentas espécies.
  • Insetívoras: Uma estufa com uma enorme quantidade de plantas insetívoras.
  • Jardim sensorial: Aqui as plantas podem ser tocadas pelos visitantes, ou seja, destinada principalmente para deficientes visuais e cegos. Há diversas plantas aromáticas e texturizadas com placas escritas em braile.
  • Região amazônica: Um cenário maravilhoso repleto de exemplares de espécies do bioma Mata Atlântica.
  • Jardim Japonês: Foi criado a partir da doação de sessenta e cinco espécies nativas do Japão, em 1935. Pode-se encontrar exemplares da famosa flor de lótus.

Informações Para Visitantes

Visitantes no Jardim Botânico Rio de Janeiro

Visitantes no Jardim Botânico Rio de Janeiro

O JBRJ se localiza na Rua Jardim Botânico, 1008. Possui bicicletários e estacionamentos exclusivo com quatro vagas para deficientes. Para pedestres a entrada fica na Rua Pacheco Leão, 101. Dentro do JBRJ não há estacionamentos.

O Instituto fica aberto para visitações de terça a domingo. A partir das oito horas com fechamento as dezoito horas. E nas segundas-feiras funciona apenas entre meio dia e dezoito horas.

Os preços são fixos. Ingresso inteiro custa $15 reais e a meia entrada custa $7,50 reais. A meia entrada destina-se a estudantes da rede pública e privada, pessoas com deficiência, jovens até 21 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos (inscrição no Cadastro Único), pessoas com mais de sessenta anos de idade. A entrada é gratuita para crianças com até cinco anos e também para visitação escolar (ver regras no site oficial).

O Instituto possui um guia de visitação com mapa informativo que traz todos os roteiros (ao invés de ruas leia-se “Aleias”). Além disso, há os guias credenciados pelo Jardim que ajudam os visitantes a fazerem o passeio. No centro de visitantes você encontra a opção de solicitar visita acompanhada por guia em vários idiomas.

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