Se você ainda não possui o costume de tomar chá, melhor tentar criar esse novo hábito caso não queira ou precise gastar futuramente com uma suplementação alimentar. Os chás são uma ótima opção para o consumo de antioxidantes necessários no dia a dia do ser humano.
Antes de tudo torna-se interessante entender o porquê de precisarmos de antioxidantes em nosso corpo. O nosso organismo produz diariamente em suas reações de metabolismo (transformações e processos químicos que acontecem dentro de um organismo vivo) vários radicais livres, que são espécies de moléculas sem estabilidade com propensão a reagir com outras moléculas e causar problemas como morte e desregulação celular. O papel dos antioxidantes, como o próprio nome já diz é combater esses radicais livres, oxidantes, que podem estar relacionados com a formação de câncer e com o envelhecimento celular, ou até o aparecimento de celulites tão indesejada pelas maioria das mulheres.
O nosso corpo consegue produzir uma certa quantidade de antioxidantes, entretanto não é o suficiente para combater toda quantidade de radicais livres que se produz. Muitas pessoas já fazem a ingesta de antioxidantes a partir do consumo de vitaminas C, frutas e hortaliças, por exemplo. Entretanto, para alcançar o objetivo de eliminar os oxidantes a ingesta desses alimentos deveria ser em enorme quantidade diariamente. Sendo assim, para não gastar com suplementos, o consumo de chás colabora na conquista da quantidade adequada de antioxidantes que devem ser absorvidos pelo organismo.
O chá de quina-quina vem das flores da árvore quina-quina, ou também conhecida como murta-do-mato. O chá é feito tanto do seu fruto como de suas folhas, sendo utilizado antigamente para curar anemia, infecções e inflamações. Possui ainda ações de proteção do fígado e contra a diabetes.
O chá de quina-quina estimula diversas partes do organismo e propulsiona algumas funções, como a do intestino, do estômago e do fígado. As substâncias ativas contidas nessa erva são alcaloides, quininas, taninos e essências. São substâncias fortes que podem provocar grandes alterações e que são mais difíceis de metabolização.
Sendo assim, uma atenção especial deve ser dada às mulheres grávidas que desejam fazer uso desse chá. As grávidas não podem ingerir qualquer substância, uma vez que tais moléculas podem atravessar a placenta pela corrente sanguínea e atingir diretamente o bebê, sendo prejudicial para continuação da gestação ou gerando más formações na criança ao nascer.
Algumas propriedades da erva quina-quina tem a capacidade de provocar contrações uterinas espontâneas que podem levar um parto forçado. É importante lembrar para as futuras mães que nem tudo que a natureza proporciona faz bem. Nesse período as mulheres tentam se alimentar da melhor maneira possível e os chás são um exemplo de saúde, contudo, muito cuidado deve ser tomado uma vez que essas substâncias podem provocar um aborto não desejado.
Determinadas plantas podem ser prejudiciais, ainda mais em excesso. O chá de quina-quina, por exemplo, tem a capacidade de acelerar o processo de menstruação na mulher, uma vez que causam estimulação do músculo ao redor do útero, provocando consequentemente fortes contrações uterinas que podem ter como resultado a expulsão até mesmo do feto. Esse chá também aumenta a pressão sanguínea colaborando com o acontecimento de hemorragias.
É válido destacar que nem todos os chás fazem mal para a gestação. Acredita-se que 20 a 30% deles possam ocasionar um aborto. Dentre os que não são prejudiciais à saúde da mulher grávida estão o chá de camomila e o de erva-cidreira, que podem fazer até bem para a saúde da gestante.
O chá de quina também é conhecido em alguns locais por “murta-do-mato”, “quina-branca”, quina-de-dom-diogo”, “quina-de-pernambuco”, “quina-do-pará”, “quina-do-piaui”, “quineira”, entre outros nomes regionais pelo Brasil. Esse chá é correspondente da planta rubiácea coutarea hexandra (jacq.) k. schum que advém de uma árvore de baixo comprimento, com troncos tortuosos e uma copa em forma de globo. Essa planta apresenta ainda, influorescência rósea e seu fruto possui sementes membranosas. Poucos sabem mas essa planta encontra-se em diversos locais para ornamentação, sendo muito utilizada por paisagistas em determinados ambientes que desejam uma pegada mais natural para o local. É uma planta nativa do Brasil encontrada principalmente em terrenos úmidos como na Amazônia e Mata Atlântica que possuem várzeas pluviais. Por ter sido muito explorada durante um grande período de tempo para o uso medicinal, hoje em dia essa árvore é bastante rara de ser encontrada. Algumas indicações para o uso do chá de quina são: anemia, convalescência, febre, inflamações, para doenças do fígado e até como antidiabético. Pessoas também podem utilizar para queda de cabelo no modo de administração tópico.
Para fazer a produção do chá basta colocar aproximadamente duas colheres de sopa da erva para um litro de água. Deixe cozinhar junto com a água por volta de dez minutos, até que a água entre em ebulição, após esse tempo retire do fogo e deixe repousando, com uma tampa na panela por mais dez minutos. Em seguida coe o chá e pode tomá-lo. O uso pode ser feito entre duas a três xícaras por dia, lembrando que em excesso pode fazer mal para a saúde.