O preparo do solo é uma das partes mais importantes do cultivo agrícola, trata-se de uma forma de garantir que tudo o que vai ser plantado crescerá e também que haverá sustentabilidade no processo. Basicamente esse preparo envolve um conjunto de operações agrícolas que visam tornar o solo apto para o cultivo.
Conheça todos os cuidados necessários para fazer o preparo do solo e assim ter resultados bem mais positivos. Nesse artigo vamos explicar de forma mais detalhada como esse processo é feito.
Preparando o Solo
Preparar o solo é uma parte decisiva para a produtividade das plantas cultivadas. Dependendo do grau de sensibilidade do solo é essencial melhorar as condições deste. Tornar o solo o mais apto possível para receber as plantas que você pretende cultivar é uma forma de ter mais assertividade na produção. Conheça os processos para cuidar e ter um solo mais produtivo.
O Preparo Primário Do Solo
O preparo primário inclui as operações mais grosseiras e profundas como aração, subsolagem e escarificação. O grande objetivo desse preparo primário é descompactar o solo para conseguir desfazer os danos que são caudados a estrutura pelo trânsito das máquinas e também pela precipitação pluvial.
Aração
A aração é basicamente realizar um corte, elevação e inversão de uma parte do solo. Em geral esse tipo de ação preparatória é necessário para áreas em que sejam realizadas culturas anuais e que estejam em declínio. Os principais efeitos que a aração traz para o solo são a descompactação do solo e o consequente aumento do volume de poros.
Dessa forma é possível contar com uma mistura mais eficiente de componentes minerais e orgânicos do solo além de ajudar a controlar as plantas daninhas. Isso faz com que a semeadura do solo seja intensificada.
Escarificação
O processo chamado de escarificação é aquele que mobiliza o solo até uma profundidade máxima de 30 cm. Isso é feito através de implementos de hastes que são chamadas de escarificadores. Essas hastes trabalham rompendo a camada superficial do solo sem que inverter o perfil mobilizado.
Isso ajuda a manter entre 50% e 75% da cobertura vegetal que existe sobre o solo antes de começar o preparo. Quando a cobertura vegetal é abundante é importante trabalhar com discos de corte na frente das hastes para evitar que aconteça um arraste. Nesses casos é mais vantajoso manter uma maior porcentagem de cobertura do solo com restos culturais do que os arados.
Dentre as principais vantagens que a escarificação pode trazer estão a menor demanda de tempo e o menor consumo de combustível. Porém, é válido ressalvar que os equipamentos de hastes não controlam de forma eficiente as plantas daninhas que podem estar estabelecidas.
Subsolagem
O processo de subsolagem é uma operação que tem como objetivo fazer a descompactação do solo quando existem camadas compactadas a profundidades que passam dos 30 cm. Os equipamentos que são utilizados para esse tipo de procedimento também são compostos com hastes, mas são mais reforçados do que aqueles utilizados nos escarificadores.
A operação da subsolagem implica num grande consumo de energia e somente se justifica em condições realmente especiais. Os casos em que se justifica utilizar a subsolagem são aqueles em que se detecta uma camada impeditiva ao fluxo de água ou um desenvolvimento do sistema radicular das plantas, isso em profundidades maiores de 30 cm.
O Preparo Secundário
As operações que compõem o preparo secundário do solo têm como objetivo nivelar e destorroar a camada que fica mais superficial do solo (o leito de semeadura). Isso ajuda a melhorar as condições favoráveis à implantação e também ao desenvolvimento inicial das culturas.
O grande objetivo desse preparo do leite é formar uma camada de agregados que sejam suficientemente finos e úmidos que tem como função assegurar um bom contato com as sementes e assim ajudar a que aconteça uma germinação mais rápida das plantas que serão cultivadas.
Nesse contexto a qualidade de um bom leito de semeadura varia de forma considerável e depende de alguns fatores que estão relacionados com o solo, a espécie que será cultivada e também com o clima. Esse preparo secundário em geral é necessário para fazer a adequação da camada dos 10 a 15 cm da superfície do solo.
O grande problema que se enfrenta no preparo secundário do solo é que muitos dos seus procedimentos acabam causando a reversão de grande parte dos efeitos positivos que foram obtidos no preparo primário. Isso porque uma vez que tornam a compactar o solo também reduzem a rugosidade superficial e facilitam a ocorrência da erosão.
Um efeito muito importante do preparo secundário do solo é o controle das plantas daninhas que estão em germinação ou que estão emergindo depois das operações do preparo primário. Essa é uma das razões que torna o preparo secundário tão importante e necessário. Vale destacar esse preparo secundário deve ser feito o mais próximo possível da semeadura da cultura que está sendo conduzida na área.
As operações que são utilizadas mais comumente para fazer o preparo secundário são as gradagens com grades de discos ou grades de dentes. Podem ser utilizadas ainda enxadas rotativas e os cultivadores de campo que são equipados com rolos destorroadores / niveladores.
Grades De Discos
Os equipamentos predominantes para realizar o preparo secundário do solo são as grades de discos. Uma das vantagens é a sua facilidade de manejo, regulagens e manutenção, porém, de um ponto de vista conservacionista deixam a desejar pelos seus efeitos de nivelamento e destorroamento da camada superficial que é acompanhada por uma drástica redução dos níveis de cobertura do solo.
http://www.youtube.com/watch?v=XDsQw19EsAQEnxadas Rotativas
As enxadas rotativas têm o seu acionamento feito a partir da potência do motor do trator e por isso dispensam a força de tração. Esse tipo de máquina pode operar com facilidade em condições que sejam desfavoráveis a criação de tração como os solos de várzea, por exemplo.
A boa gama de opções de regulagem que esses equipamentos apresentam ajudam a conseguir distribuições do tamanho dos torrões numa mesma condição do solo. Isso permite adequar o leito de semeadura as necessidades das culturas que serão implantadas.