Espécies de Forrageiras Usadas para Alimentar Animais

Na natureza vamos encontrar diversos tipos de plantas. Como é sempre importante conhecermos sobre as espécies, principalmente se queremos cultivá-las elaboramos um pequeno direcionamento sobre plantas forrageiras. Você provavelmente já ouviu falar dessas espécies mais ainda não sabe ao certo o que são. Então vamos aprender um pouco mais sobre esse tipo de planta tão importante e conhecer algumas espécies diferentes, assim como suas principais características.

O Que são Plantas Forrageiras?

Esta espécie de planta é geralmente formada por gramíneas e leguminosas que são amplamente utilizadas como alimento para animais. Podemos então dizer que as plantas forrageiras são aquelas que popularmente conhecemos como pastagens. Este tipo de planta é cultivada como outra qualquer e somente depois de colhidas que passam por um preparo para que sejam servidas para animais. Existem também aquelas que são comidas por animais ainda quando estão na terra.

Destacamos algumas espécies de forrageiras que são cultivadas em nosso país em pequena ou larga escala. Você também poderá saber um pouco mais sobre cada uma dessas espécies e as suas principais necessidades.

Milheto

O Milheto é a espécie de planta forrageira mais popular que temos na natureza. Biologicamente ele recebe o nome de milheto Pennisetum glaucum (L), sendo uma planta do tipo gramínea com ciclo de vida anual. Nos últimos anos ela tem sido amplamente cultivada em regiões de Cerrado, por possuírem um grande potencial de cobertura do solo. Existem dois tipos de plantio do Milheto, sendo eles em linha ou a lanço, apesar da maioria das características dos dois tipos serem muito semelhantes.

Esta planta possui um nível de fertilidade muito baixo o que faz com que ela seja cultivada em larga escala por consequência. Como citamos mais acima, ela se adapta muito bem em regiões de Cerrado e isso se dá porque a planta tem capacidade de suportar grandes períodos de estiagem, onde o déficit hídrico pode estar abaixo de 400 mm.  Além disso, a espécie também se adapta muito bem a solos menos férteis, já que consegue extrair todos os seus nutrientes vitais destes terrenos mesmo que aparentemente estejam inutilizados.

O maior uso do milheto como planta forrageira está nos estados Sul e do Nordeste do país. O uso na região Sul vai depender das condições chuvosas do local. A maior popularidade da planta como uso forrageiro se deu devido a sua semente possuir um alto valor de proteínas que chega a ser maior do que o do milho.

Capim Elefante

A planta é biologicamente chamada de Pennisetum purpureum e popularmente também recebe outros nomes como capim napiê ou capim napier. Esta é uma espécie que está entre as plantas da família das Poaceae. A sua origem é da África tropical, mas ela é amplamente cultivada em toda a América, na Ásia e na Austrália. Aqui no Brasil só tivemos as primeiras mudas de Capim elefante chegando em meados dos anos 20, mas hoje a popularidade aumentou bastante.

Além de uso como pastagem, esta planta forrageira também tem uma cultura ampla pelo seu eficiente poder na fixação de gás carbônico atmosférico quando ocorre a fotossíntese da espécie. Isso fez com que projetos fossem desenvolvidos para usar o Capim Elefante como combustível natural na produção de energia alternativa.

Como pastagem é mais utilizada para alimentar gado e animais selvagens. Também é uma maravilhosa fonte de alimento para animais herbívoros que são criados em ambientes domésticos.

Capim Colonião

Cientificamente esta planta receberá o nome de Panicum maximum Jacq  vr. Colonião, sendo uma planta de origem africana, mas muito utilizada ao redor do mundo como pastagem. Esta espécie tem ciclo de vida perene e quando cresce bem, pode chegar até 3 metros de altura. A sua resistência é boa para altas temperaturas, inclusive é quando ela se desenvolve melhor e também exige ambientes um pouco mais úmidos para crescerem saudáveis.

O Capim Colonião não se adapta muito bem em regiões que ocorrem geadas, sendo sua maior resistência mesmo à seca. Deve-se tomar um pouco de atenção sobre essa planta porque ela não apresenta resistência alguma ao fogo e caso haja um incêndio logo se espalhará e será difícil de controlá-lo.

Branquiárias / Brachiaria

Este na verdade é todo um gênero de plantas que pertence à família das Poaceae. O ciclo de vida dessa planta é anual, ela apresenta flores em sua estrutura sendo todas elas hermafrodita masculina ou feminina. A origem das Brachiarias é da África e as primeiras mudas já chegaram aqui em nosso país como plantas forrageiras, o que fez com que ela continuasse sendo amplamente cultivada dessa maneira.

O maior cultivo desse gênero de planta está no Cerrado do nosso país, onde também são conhecidas como plantas invasoras porque elas se desenvolvem rapidamente e acabam também prejudicando que outras plantas gramíneas nativas da região se desenvolvam sufocando-as.  Você vai encontrar mais de 200 variedades de brachiarias na natureza e elas ocorrem principalmente na Europa, África, Ásia, Australásia, Pacífico, América do Norte e América do Sul.

Capim Pangola

Esta planta é uma gramínea que é facilmente cultivada e não exige muito do solo nem muitos cuidados. Cultivando um pequeno pasto de capim pangola você rapidamente terá um vasto espaço, pois a planta se espalha muito facilmente. A qualidade do seu pasto é praticamente sem comparação e hoje, esta planta é a que oferece melhor condição para a produção de feno no nosso país.

O capim pangola possui muita importância para nós porque foi a primeira espécie de gramínea que teve importância na pecuária nacional.  Seu cultivo por nossas terras se iniciou em meados dos anos 50 e desde então só cresce. A qualidade de suas folhas é incomparável, tendo todas uma espessura muito fina e delicada. Quando elas são bem cultivadas podem chegar até 80 centímetros de altura e o crescimento se intensifica ainda mais nos meses de verão chuvoso.

O seu valor nutritivo é muito grande ajudando também na boa digestão dos animais que a consome. O único problema é que ela não apresenta muita resistência à seca, fazendo com que ela seja preferencialmente cultivada em locais mais frios.

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