Plantas Cosméticas: Beleza Natural

Está em crescimento a utilização de plantas na produção de cosméticos. As espécies estão sendo chamadas de plantas cosméticas e uma das principais vantagens desse tipo de produção está no preço, baixo custo. As propriedades dessas plantas podem render cremes esfoliantes, hidratantes e adstringentes e isso tudo sem fazer nenhum dano a pele. A seguir, confira algumas das plantas que estão sendo usadas no Brasil para fabricar cosméticos.

  • Açaí:que essa planta faz coisas deliciosas para comer, todo mundo sabe, mas no mundo dos cosméticos é uma novidade. Porém, é muito eficiente uma vez que tem propriedades antimicrobianas e antioxidantes, que servem para prevenir infecções da pele e combater o envelhecimento natural.
  • Buriti: possui boas propriedades para produção de cosméticos por causa do seu tipo de composição graxa.
  • Guaraná: o extrato pode ser usado para produtos para o corpo todo. Tem propriedades tonificantes e adstringentes.
  • Manteiga de Cupuaçu: as propriedades estão na semente do cupuaçu, o triglicerídeo. Ele tem o poder de absorção de raios UV e por isso, são usados na composição de cremes para proteger a pele, batons, shampoos e condicionadores.
  • Óleo de Andiroba: é muito usado para produtos hidratantes, graças as suas propriedades emolientes, deixa a pele lisa e macia. Também é usado para fabricar produtos de repelente para o corpo.
  • Óleo de Buriti: possui carotenoides, que é uma das melhores propriedades para deixar a pele protegida. Também costuma ser usado para fabricar produtos de cabelos.
  • Pau Rosa: é muito usada na composição das fragrâncias, por exemplo, uma das matéria-prima do Chanel 5, um dos perfumes mais famosos ao mundo, leva esse componente: linalol. Porém, essa árvore está em extinção e todas as fórmulas que possuem esse óleo estão procurando uma alternativa para substitui-lo.
  • Pitanga: possui teor de taninos e faz dela uma boa planta para extrair propriedades para produzir adstringentes. É muito usada na fórmula de shampoos para cabelos oleosos. Além de ter propriedades que ajudam a restaurar cabelos danificados.

A Amazônia Oferece uma Série de Plantas Cosméticas e Melhora a Vida da População Local

Dá para criar muito produto bom e saudável para o corpo, pele e cabelo, buscando pela Amazônia. Um dos lugares que podemo encontrar essas espécies que servem para fabricação de cosméticos é na cidade de Santarém. No município, todos os dias, tem uma mercado com várias plantas, que atrai pessoas de todos os lugares do Brasil, principalmente comerciantes. Até o famoso óleo da floresta pode ser encontrada na feira.

Esse mercado vem se tornando cada dia mais famoso e popular, uma vez que as plantas estão sendo usadas mais e mais na fabricação de produtos cosméticos. Uma mudança que está gerando outra mais importante ainda, melhor qualidade de vida para as pessoas que moram naquela região e não só na cidade de Santarém. Em Manicoré, no Amazonas, trabalhadores estão encontrando muita aceitação na venda do óleo de copaíba. 

 

O extrativismo é a principal renda das famílias que moram nesses lugares e com a atividade crescendo e sendo possível a colheita um ano inteiro, se observa melhora na vida dessas pessoas. Porém, não pense que se trata de um trabalho simples. Além de difícil é perigoso, uma vez que as copaibeiras estão no meio da floresta fechada.

A copaibeira da Amazônia que é chamada de pau de óleo ou copal é muito usada na produção de cremes, perfumes, shampoos e sabonete. Ela possui um componente que combate os germes. E outra vantagem da planta é que ela recupera o seu volume de óleo rapidamente, cerca de um ano. Trabalhando durante um dia inteiro no meio da floresta, um produtor consegue pegar óleo em 15 a 20 árvores.

Saiba Mais Sobre a Atividade de Retirada de Óleo na Amazônia

Se trata de uma atividade que vem sendo praticada de longa data, mas só agora se tornou tão importante e percebendo isso, os trabalhadores se organizaram em cooperativa. Dessa forma, conseguiram assinar um contrato diretamente com uma indústria de cosmético e fazem a venda regular. Sendo assim, os participantes da cooperativa levam toda a produção para o galpão e recebem o pagamento pelo produto imediatamente na hora da retirada.

Outra espécie que vem sendo muito explorada e também estudada pelos cientistas na Amazônia é o pau-rosa. Ele fica concentro em áreas de mata fechada e sua altura na fase adulta é de 30 metros. No século XX houve grande exploração dessa planta para produção de óleos aromáticos, que ficou mais intensa ainda nos anos 60. Nessa época, a madeira triturada era vendida principalmente para produtores estrangeiros de perfumes de alto nível.

Agora, o pau-rosa está entre as espécies que estão ameaçadas de extinção e o seu corte ficou restrito a plano de manejo sustentável. Para ser feito é necessário uma autorização do Ibama. Por isso, a dedicação dos cientistas de estudarem para fazer com que esse processo de extinção possa regredir.

Outro estudo que vem sendo feito é a possibilidade de retirar o óleo das folhas descartando a necessidade de abater a árvore. 

Uma outra tentativa e alternativa de extração está sendo colocada em prática por uma família em Maués, que faz a extração do pau-rosa na poda, quando ele ainda tem 4 anos de idade. Se faz isso porque nesse momento rebrota com facilidade. São usadas além dos ramos secos, algumas folhas e se consegue o óleo. Com esse método, a usina criada para fazer esse tipo de extração, chega a produzir, por ano, 2.500 quilos de óleo. Toda produção é  exportada.

O inventor e dono da usina, Carlos Magaldi, declara sempre nas entrevistas que concede, que em primeiro lugar a árvore poderia ser cultivada por mais famílias, uma vez que é bem viável dentro da Amazônia. Além disso, segundo ele, não se trata de um plantio muito caro e também, é um cultivo com baixo impacto e que pode ser facilmente feito o manejo. Ele completa, ressaltando o quanto é uma produção rentável para o agricultor.

Vala ressalta que optar por um produto cosmético cujos componentes são naturais é não agredir pele ou cabelos. A chance de rejeição do nosso corpo por um componente de um produto natural é bem menor do que um produto com base em “ingredientes” químicos. 

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Comentários

  • otimo ajudou minha filha a fazer seu trabalho de ciencias

    cerli beatris da rosa vaz 25 de novembro de 2015 0:24 Responder

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