Com certeza você já ouviu falar na vitória-régia, essa linda planta aquática. Aproveite para saber mais sobre ela, apresentamos em primeiro lugar a ficha técnica com as principais características:
Toda planta tem o nome popular, às vezes até mais de um e aquele científico, no caso da vitória-régia é: victoria amazonica
Vamos saber agora quais são os outros nomes científicos além de vitória-régia: forno-d’água, forno-de-jaçanã, aguapé-assú, milho-d’água, rainha-dos-nenúfare e rainha-dos-lagos.
A vitória-régia entra em duas categorias de plantas: as marginais e as aquáticas e os seus climas preferidos são: tropical e equatorial.
A vitória-régia pertence a família: nymphaeaceae e a sua origem pode ser observada dos seguintes países: Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil.
Essa planta aquática gosta de sol pleno e o seu ciclo de vida é perene, sobre a altura fica entre 0.1 a
A Beleza da Vitória-Régia E As Suas Características
Podemos dizer que a vitória-régia não só é uma planta aquática como é uma planta gigante e podemos encontrá-la na Amazônia. Outra característica dessa planta é que ela rizomatosa e mais as suas folhas são muito grandes e no formato circular. Ela pode chegar na medida de 2,5 metros de diâmetro e as suas bordas chegam a crescer até 10 centímetros e a planta pode ser observada flutuando nos rios. Voltando a falar das bordas, elas se apresentam com a parte inferior cheias de espinhos e em tonalidade avermelhada.
Ainda é característica dessa parte uma rede de nervuras bem grossas e compartimentos de ar. E é graças a essa última característica que as folhas conseguem flutuar sobre as águas. Nem mesmo uma chuva forte faz com que a vitória-régia afunde, ela suporta e flutua do mesmo jeito.
Outras Características da Vitória-Régia
As folhas que foram descritas anteriormente e que permitem que a vitória-régia flutue são ligadas ao grande rizoma da planta. Essa ligação é feita através de pecíolos que são flexíveis, longos e repletos de espinhos. Já o rizoma da vitória-régia fica embaixo da água, enterrado bem no fundo do rio ou do lago.
A vitória-régia também tem flores, que se apresentam grandes e são muito perfumadas, além de lindas. As flores podem ser vistas durante o verão, porém, duram pouco, somente 48 horas. Apesar de pouco tempo, elas dão um show à parte. Surgem brancas e passam a róseas no segundo dia, devido a polinização.
A Polinização da Vitória-Régia
A polinização da vitória-régia é feita pelo besouro, que no primeiro dia em que a flor aparece, entre nela e espera o seu desabrochar, que acontece no fim da tarde. Porém, ele se torna prisioneiro, porque no segundo dia a noite, a vitória-régia se fecha.
Uma vez terminado o breve período de polinização, a flor se recolhe dentro do lago e é quando é formado o fruto, um tipo de baga, que fica maduro em 6 semanas.
As sementes que são produzidas pela vitória-régia podem ser ingeridas e elas também flutuam, porque ficam protegidas por uma tipo de “esponja”.
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Sobre O Rizoma da Planta E O Seu Cultivo
Os índios utilizam o rizoma da vitória-régia como alimento, uma parte rica de sais minerais e amido da planta.
Quanto mais o tempo passa, mais as reservas de rizoma da planta aumentam, fazendo com a vitória-régia cresça ainda mais.
Sem querer desanimar quem adora jardinagem, o cultivo dessa planta não é simples, para começar, ela precisa dos climas tropical ou equatorial e não suporta o frio.
A vitória-régia é 100% aquática e o seu cultivo deve acontecer durante o sol pleno, além dos lagos naturais, é possível plantá-la em tanques, mas que tenham com profundidade no mínimo 90 centímetros. Ou detalhe importante é em relação a temperatura da água, que deve ficar entre 29 e 32 graus. Em temperaturas inferior a 15 graus é morte na certa.
Outro detalhe importante sobre o cultivo é a manutenção e a fertilidade, que exige adubos leves e o replantio anual.
A vitória-régia pode ser multiplicada tanto por sementes quanto pela divisão do rizoma.
A Lenda da Vitória-Régia: Conheça
A lenda que envolve a planta vitória-régia é brasileira, tem as suas origens na tribo indígena chamaa tupi-guarani.
Conta-se que antes de Cristo, há muitos anos, em uma tribo indígena, a lua era chamada de Jaci e era considerada uma deusa para aquele povo. Segundo a história, quando ela aparecia durante a noite, enchia de luz o rosto das índias virgens da aldeia e beijava o rosto de cada uma delas. Essas índias eram chamadas de cunhantãs moças.
A lua quando se despedia, escondendo-se atrás da montanha, levava consigo as moças da tribo que ela mais gostava e as transformavam em estrelas.
Uma dessas jovens, a índia guerreira Naiá, sonhava em encontrar a lua, mas ela era alertada pelos mais velhos da tribo, que diziam que no encontro ela perderia todo o sangue a toda carne e se transformaria em luz, indo para o céu. Porém, a índia guerreira não ficava impressionada com que lhe poderia acontecer e continuava querendo ser a escolhida da lua. Por isso, todas as noites ela ficava cavalgando pelas montanhas com o seu cavalo em busca do encontro. Fica lá horas sem comer, sem beber e acabou começando a definhar pelo encontro que não acontecia.
Até que um dia, enquanto fazia essa cavalgada durante a noite, Naiá parou na beira de um rio para beber um pouco de água e na superfície da água conseguiu enxergar a imagem da lua. A índia, então, não pensou duas vezes, se jogou dentro da água para encontrar-se com a lua e acabou se afogando. A lua, diante do acontecido, quis compensar a pobre índia pelo o que aconteceu e ao invés de transformá-la em uma estrela para ficou no céu, fez com que ela “brilhasse” na terra e a fez virar a “estrela das águas”. A única e perfeita planta que flutua no rio, a vitória-régia. Por isso, as flores perfumadas e lindas da planta só abrem durante à noite e durante o dia ficam na tonalidade rosada.
A lenda dos índios é uma bonita história, mesmo que um pouco triste, para “contar” a beleza e o modo de nascer e crescer diferente dessa planta flutuante.