A Flora do Brasil: Nossa Riqueza Vegetal

Um dos maiores tesouros que temos no Brasil é a grande variedade de plantas existentes em diversos ecossistemas de nosso país, como Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, entre outros. Cada um desses ecossistemas apresenta uma variedade, uma biodiversidade diferente e específica de plantas que é adaptada a determinados ambientes.O Brasil é o lugar do mundo com uma maior diversidade de flora do que qualquer outro lugar, sendo cerca de 55 mil espécies identificadas, o que calcula-se ser um total de 22% do total do mundo. São elas:

  • 390 espécies de palmeiras;
  • 2.300 espécies de orquídeas;
  • 4.057 algas;
  • 26.000 gimnospermas;
  • 31.521 angiospermas;
  • 1.196 pteridófitas;
  • 1.521 briófitas.

A flora tem enorme valor, tanto ecológica quando economicamente, sendo o extrativismo uma das principais atividades do Brasil. O homem utiliza dessa riqueza de diversas formas, como na alimentação, medicina, habitação, atividade industrial e vestuário.A madeira, por exemplo, é utilizada para diversas coisas, como construção, fabricação de equipamentos e instrumentos musicais, e carpintaria. Da celulose é feito o papel e da fibra de plantas de diversas espécies são feitos artesanatos e tecidos valiosíssimos no exterior.Há centenas de milhares de espécies no Brasil que ainda não foram descobertas, algumas já extintas, outras em extinção, mas muitas que ainda nem foram encontradas ou mesmo catalogadas cientificamente.

Flora Nativa

Na última década, muitas espécies de vegetais foram encontradas e catalogadas em terras brasileiras, e isso acontece porque em regiões tropicais com climas menos definidos temos uma maior propensão a ter uma grande diversidade, embora o clima varie de região pra região (já que o Brasil é bem grande). A flora se encontra em todas as regiões brasileiras, da mais alagada até a mais seca, e por isso pode-se identificar e definir 3 grupos diferentes de vegetação. São eles:

  1. Vegetação florestal ou arbórea;
  2. Vegetação arbustiva e herbácea;
  3. Vegetação complexa e litorânea.

Com uma característica de árvores de grande porte, a região amazônica, que tem clima ameno, apresenta uma predominância maior de plantas ombrófilas, enquanto que a região centro-oeste já possui outro tipo de vegetação, com um clima mais seco e mais propício a queimadas em determinadas épocas. A vegetação mais encontrada nesse ambiente é do tipo savana.Nas regiões de caatinga, existe um tipo de vegetação mais modificada, denominada de cactos, em que predomina a vegetação estacional decidual, mais conhecida como estepe. Existe ainda em algumas regiões um tipo de vegetação que mistura esses dois tipos anteriores, a savana, com vegetação estacional decidual, ficando com o nome de savana estépica. Fica localizada no Pantanal Mato-Grossense, região dos Pampas e nos Campos de Roraima.

O tipo de Floresta Ombrófila Mista se destaca em regiões do planalto meridional, onde se encontra a vegetação de manguezal, caracterizada por entrar em contato com águas marinhas, localizadas no litoral norte e em outras partes do litoral brasileiro. A vegetação pode ser arbórea e arbustiva.Mas, além das espécies nativas que compõem a vegetação brasileira, existem algumas espécies exóticas trazidas de outros países para o Brasil (fato que aconteceu na época das colonizações). Essas espécies de adaptaram tão bem ao clima, que durante vários anos se desenvolveram e se reproduziram como se fossem nativas daqui mesmo.

Segue abaixo a lista de alguns nomes de árvores nativas brasileiras.

  • Açaí
  • Acaiacá
  • Amapá doce
  • Andiroba
  • Angico do cerrado
  • Araucária
  • Aroeira-do-brejo
  • Aspidosperma spruceanum
  • Astherantos brasiliensis
  • Bacupari
  • Barriguda
  • Baru
  • Biribazeiro
  • Buriti
  • Cajueiro
  • Sibipiruna
  • Carandá
  • Castanha-do-pará
  • Caviúna
  • Cedro-cheiroso
  • Coco-de-espinho
  • Corticeira
  • Cumaru
  • Cupuaçu
  • Cupuaí
  • Dedaleiro
  • Mulungu
  • Cereja-do-rio
  • Freijó
  • Gabiroba
  • Goiabeira
  • Guanandi
  • Guapuruvu
  • Guariroba
  • Içara
  • Ingá-do-brejo
  • Ingá-felpudo
  • Ipê-amarelo
  • Ipê-braco
  • Ipê-rosa
  • Ipê-verde
  • Ipê-roxo
  • Jabuticaba
  • Jacarandá caroba
  • Jaracatiá
  • Jatobá
  • Jenuparana
  • Jequitibá-branco
  • Jequitibá-rosa
  • Jequitibá-vermelho
  • Jerivá
  • Juazeiro
  • Laba-laba
  • Louro-amarelo
  • Bico-de-mato
  • Mafumeira
  • Mangue-branco
  • Matamatá
  • Mogno
  • Monguba
  • Muchoco
  • Oiti
  • Paineira
  • Pata-de-vaca
  • Pau-amargo
  • Pau-marfim
  • Pequi
  • Pereiro
  • Pau-rosa
  • Peroba-comum
  • Peroba-poca
  • Pindaíba
  • Pinus elliotti
  • Pitomba-da-bahia
  • Plinia glomerata
  • Sete-gangrias
  • Taboca
  • Teta-de-vaca
  • Thiloa glaucocarpa
  • Vouacapoua americana
  • Jurubeba
  • Dormideira

Flora Ameaçada de Extinção

Flora Ameaçada de Extinção

Flora Ameaçada de Extinção

Há alguns anos, foi publicada uma lista com os nomes das espécies ameaçadas de extinção no Brasil, que em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, foi atualizada para se aproximar ao máximo da realidade em que se encontra a situação do Brasil com relação às espécies de vegetação que estão ameaçadas de extinção. Sendo assim, 1.537 espécies entraram para a lista de espécies ameaçadas, uma lista criada por pesquisadores, especialistas e interessados na área, que juntaram seus conhecimentos por uma boa causa.

Critérios Utilizados para a Criação da Lista

Critérios Utilizados para a Criação da Lista

Critérios Utilizados para a Criação da Lista

Os critérios utilizados para a criação de lista de espécies em qualquer categoria se enquadra em certos aspectos de avaliação definidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), de 2003. As categorias, que também servem para animais, são:

Extinta – Quando se tem certeza de que o último exemplar morreu.

Ameaçada – Se encaixa em três níveis de ameaças possíveis: Vulnerável – que corre risco alto de extinção na natureza; Em perigo – corre risco muito alto de entrar em extinção; e Criticamente em perigo – corre risco extremamente alto de entrar em extinção na natureza. Todos os tipos têm definição e critérios definidos pela IUCN.

Quase ameaçada – Quando a espécie está próxima de atingir o risco de extinção, mas ainda não se enquadra em nenhum dos níveis de ameaça.

Não ameaçada – Depois de avaliada, não se enquadrou em nenhum dos níveis de ameaça.

Dados insuficientes – Sem dados para enquadramento em nenhuma das categorias:

  • Redução do tamanho da população;
  • Números de indivíduos maduros para reprodução;
  • Variação da área de ocorrência e ocupação da espécie;
  • Análise quantitativa que mostra probabilidade de extinção em relação a tempo e número de geração da espécie.

As listas estão ainda um pouco deficientes em relação ao número de espécies consideradas ameaçadas, pois como muda a cada dia, fica realmente difícil estar sempre atualizando os dados. Mas, segundo uma das últimas versões, foram classificadas no Brasil 178 espécies Criticamente em Perigo, 209 em perigo e 667 vulneráveis. 17 espécies estão ameaçadas de extinção e correndo o risco de sumirem completamente. Segundo alguns pesquisadores e colaboradores, das 2.513 espécies avaliadas, 1495 foram definidas como ameaçadas de extinção, sendo 2 extintas por completo na natureza e 8 extintas parcialmente.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Naturais

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *