O Jardim italiano é caracterizado pelo uso de variadas plantas frutíferas, tipos distintos de flores, estátuas decorativas e por fontes de água promovendo um ambiente clássico e funcional. Apesar de ser muito similar ao jardim francês, o estilo do jardim italiano tem referências das jardinagens do mediterrâneo, que é muito menos formal e muito mais poético e orgânico que os jardins franceses.
Esse tipo de jardim é rodeado por trepadeiras que cercam estátuas de deuses e plantas frutíferas como por exemplo árvores de laranjeiras e de macieiras. As chamadas cercas vivas dão a direção de caminhos que levam ao ponto de destaque desses jardins.
A água é um dos elementos mais característicos do jardim italiano, seja como uma fonte, um chafariz ou um espelho de água, esse é sempre o destaque do jardim. As plantas que dão vida ao jardim são originarias, tradicionalmente, da região do mediterrâneo e localidades próximas, as quais possuem longos períodos de floração e são, também, em geral frutíferas.
Uma outra característica de destaque desse tipo de jardim são os vasos feitos de cerâmicas, as pontes, as esculturas, os bancos, as treliças e os arcos, remetendo a um ambiente clássico e romântico.
Quais As Plantas Mais Comuns No Jardim Italiano?
Macieira, Sálvia, Limoeiro, Roseira, Viburno, Hemerocális, Oliveira, Pingo-de-ouro, Alecrim, Pereira, Romã, Laranjeira, Azaléia, Lavanda, Plantas Medicinais, Murta, Plantas Hortícolas e Buxinho.
Referências Históricas do Jardim Italiano Contemporâneo:
Império Romano
O império romano compreendeu a região do oeste da Espanha até o leste da Mesopotâmia e do da região do sul do Egito até o norte da Inglaterra. Ou seja, a vegetação, o clima e as pessoas eram de uma diversidade enorme. Os romanos pouco expressaram uma arte única e original. As inovações criadas por eles se deu na política, mais especificamente no Estado e no Direito.
A estrutura da morada romana copiou a base do modelo grego, a qual era formada no nível da via pública, com os cômodos direcionados para o interior da casa, sendo interligados por uma coluna, e havendo uma abertura no centro dessa casa para o convívio de todos os moradores. Os jardins tiveram a atenção dos romanos, amsi ainda assim não foram inovados e sim copiados. Os jardins dos romanos eram marcados pela grandiosidade e pela complexidade de sua respectiva composição, ou seja, eram jardins de decoração pomposa e visavam o lazer dos romanos.
Em Roma os jardins eram vistos como santuários da sociedade, no qual os romanos podiam ficar à sombra longe do agito das ruas e do calor do sol. A sombra era pensada de modo que fosse projetada pelas galerias com arcos, exigindo assim uma menor quantidade de arvores. As plantas eram distribuídas em postos acima do chão, o qual era decorado com fontes de água, bancos feitos de mármore e estátuas de deuses.
A maior parte dos jardins de Roma tinham também uma horta pequena. Essa seria uma das explicações para o fato dos jardins romanos teram a irrigação era planejada. Casas com esses jardins faziam parte da urbanização que cercava a cidade de Roma. Dentre essas localidades, Vila Laurentina localizada a cerca de trinta quilômetros de Roma ganhou destaque. A Vila Laurentina foi planejada por Plínio, apelidado de o Jovem, o qual plantou muitas figueiras e amoreiras, ainda uma horta e um terraço com flores perfumadas, perto da fonte de água. Outra Vila significativa pela jardinagem foi a Vila Adriana, elaborada em Tívoli a mando do Imperador Adriano, a qual fora cultivada por muitos anos até ser destruída na guerra de 1939. Foram essas Vilas que deram a forma base do estilo italiano de paisagismo.
Outro período marcante para a formação do jardim italiano como conhecemos no tempo presente, foi o Renascimento. No início desse período, em meados do século quinze, ocorreu uma renovação no modo do pensamento do homem em relação ao que significava a arte, a produção das ciências, a literatura e a filosofia. Em conseqüência desse novo modo de ver o mundo, a construção de jardins também foi afetada por essa nova visão, em especial, na Itália, na França e na Inglaterra.
Na Itália os jardins desse tempo tiveram inspirações na já citada Roma Antiga, a qual era marcada por estátuas e fontes de água nos jardins. Devido a formação da superfície do solo italiano, caracterizado pelas muitas irregularidades do terreno, os jardins ganharam escadarias e terraços com de corredeiras de água interligando se aos cômodos das casas através de galerias abertas ao ar livre e outras continuações de arquitetura.
Conforme citado esses jardins eram um espaço de retiro intelectual muito freqüentado por pensadores e por artistas, os quais também durante o renascimento utilizavam o espaço para trabalhar e fugir das altas temperaturas dos dias de calor. Com toda essa motivação social dos jardins, a vegetação ganhou importância secundaria, sendo avaliada somente m função da sombra e das formas que poderia fornecer aos seus freqüentadores.
Naquele período as plantas mais populares do jardim italiano foram o louro, o azinheiro, o cipreste e o pinheiro havendo, obviamente, muitas outras plantas que compunham esse ambiente moldado pelo homem. O buxo era bastante usado para as construir os caminhos verdes. Os jardins eram planejados de acordo com desenhos geométricos feitos por linhas simétricas a partir de réguas e compassos.
Link Interessante:
Confira um jardim italiano contemporâneo situado em São Paulo, mais especificamente na região do bairro do Morumbi, no link abaixo. O jardim da casa é fruto de um projeto paisagístico pensado por Gilberto Elkis, o qual por desejo dos moradores da casa pensou em um jardim periférico com uma espaçosa área gramada no meio. A fim de valorizar essa característica, Gilberto Elkis fez um caminho com pisadas dispersas ao redor do gramado. Isso foi feito para dar espaço para festa e para a recepção de visitantes dos donos da casa. É um lindo projeto. Vale clicar no link abaixo e ver as fotos do resultado final do trabalho do paisagista. Inspire se:
Olá!
Gostaria de saber o nome do autor que publicou essa reportagem sobre o jardim italiano.
grata,