Jardins Com Bromélias

Jardins são sempre muito bonitos, desde que sejam bem cuidados. Mas se você adora jardins, porém não tem tanta disposição para ficar o tempo todo cuidando de flores e plantas, que tal apostar naquelas que são bonitas, mas que não dão muito trabalho!Nesse quesito de beleza e pouco trabalho podemos salientar as bromélias.

Bromélias

A família das bromélias possui aproximadamente 56 gêneros e 3000 espécies com mais ou menos 40% deles no Brasil, especialmente na Mata Atlântica, Floresta Amazônica, região da Caatinga, restingas e campos de altitude. Elas contam com uma significativa importância no mercado das flores ornamentais. Da época do desenfreado e predatório extrativismo chegou-se à produção por meio de sementes, criando híbridos, passando pela propagação vegetativa até a última novidade, o cultivo in vitro.

A produção e cultivo de bromélias tem se mostrado bastante rentável e a propriedade das mudas conseguidas em viveiros se apresenta superior em relação àquelas que são originárias das coletas predatórias. No chão construindo conjuntos, nos jardins em cima das árvores, em vasos, as bromélias conseguiram conquistar atualmente uma do paisagismo tropical, sendo bastante difícil de encontrar jardins onde estas plantas não estejam inclusas.

Tipos de Bromélias

As bromélias pertencem a uma extensa família, e ainda outras subfamílias:

Pitcairnioideae, contando com os seguintes gêneros: Connelia,  Brocchinia, Encholirium, Dyckia, Hetchtia, Pitcairnia, Navia,  e Duya.

Bromelioideae: Billbergia, Aechmea,  Cryptanthus, Bromélia Canistrum, Greigia, Wittrockia, Fernseea, Hohenbergia,  Neoglaziovia, Neoregelia, Nidularium, Quesnelia, Pseudoananas, Streptocalyx.

Tillandsioideae: Catopsis, Alcantarea, Guzmania,  Vriesia, Tillandsia, .

Curiosidade: Cientistas consideram o gênero Brochinia reducta e Catopsis  como bromélias do tipo carnívoras.

Descrição

As bromélias são plantas de folhas ora estreitas, ora largas, serrilhadas ou lisas herbáceas, podendo conter espinhos, podem ter cores vermelhas, verde, vinho, apresentar listras, manchas, e pintas. Quando adultas florescem apenas uma vez durante o ano, depois dão origem a filhotes e acabam com seu ciclo. As flores costumam variar conforme o gênero e a espécie, sendo pequenas e podem apresenta-las saindo a partir de espigas, no centro das folhas e em racemos.

Em sua grande parte são epífitas, numa evolução avançada vivem em árvores, mas podem ser encontradas crescendo em cimas das rochas, chamadas de Dyckia marítima, ou em terra firme,  Alcantarea. As epífitas possuem maior capacidade para se fixar ao substrato, alimentando-se  do ar e também de micropartículas que acabam caindo em sua parte central que retém orvalho e água da chuva.

As bromélias do tipo Tillandsias criaram uma forma epífita de sobrevivência, fazendo uso de suas raízes somente para fixar-se e suas pétalas absorvem a luz, o ar, e a água, fazendo sua nutrição a partir desses elementos. A forma de cultivar esse gênero é bastante simples não precisando ser nutritivo, portanto ela se desenvolve melhor em tocos, placas, e galhos de árvore.

Cultivo

As bromélias são plantas de lugares que apresentam teor alto de PH e de nutrientes orgânicos. O substrato que ela usa deve conter densidade baixa para que se consiga uma boa drenagem de água das regas, das chuvas e aeração. O pH de próprio para o cultivo gira em torno de no máximo 6,3, entretanto, estudos realizados com a espécie Alcantarea apontaram que seu desenvolvimento melhor foi com pH 7,1.

  1. Estudos apontam que determinadas espécies apresentam um melhor desenvolvimento usando-se um substrato de esterco e fibra de coco em iguais porções (Neoregelia e Vriesia).
    Mas ainda pode ser usada uma mistura de casca de arroz carbonizada com terra comum de canteiro, também na mesma proporção. Testes realizados para se conseguir uma mistura mais eficiente, chegaram a: Húmus de minhoca 25% + Areia 25% + terra 25% + pó de cascas (casca de pinheiro, fibra de coco, ou casca de acácia e serragem decomposta).
  2. Areia, terra, pó de fibras de coco, húmus de minhoca ou casca de pinus decomposta é uma opção diferente a se usar e que também dá super certo no cultivo das bromélias.
    As cascas precisam estar em pedaços pequenos, sendo necessário deixá-las de molho em água para promover a diluição dos compostos fenólicos que acabam causando prejuízo às plantas.
    Caso vá cultivar os gêneros Orthophytum e Dyckia junte mais areia.
  3. Bromélias epífitas como aquelas que pertencem ao gênero Tillandsia nem precisam de substrato para o cultivo.
  4. O melhor resultado com substrato na propagação de sementes é, sem dúvida, a casca de arroz carbonizada em razão de sua drenagem mais eficiente. Este produto tem origem no beneficiamento do arroz podendo ser adquirido em lugares onde há a produção do cereal.
    Pode ser comprado in natura e depois queimado em latas. Para aqueles lugares onde não haja esta forma de material pode-se optar pela vermiculita.
  5. Há pouco tempo vem sendo utilizada a casca de coco, vindo da indústria que promove o beneficiamento da fruta. Antes de usá-lo é necessário que seja lavado por várias vezes para a remoção de substâncias tóxicas secretadas. Deixe o produto numa água limpa, de molho e faça a troca da água diariamente durante sete dias. Depois desse prazo é só escorrer a água, deixar o produto secar e usar normalmente.

Dicas Importantes

  1. Se perceber as folhas mais antigas são menores que as mais novas é sinal de que, o lugar de cultivo possui sombra em excesso. Além disso, caso a cor das folhas esteja apenas verde, sem muito colorido, o problema é o mesmo.
  2. Caso as folhas tenham manchas há excesso de água na muda.
  3. Se surgirem manchas secas, pode acontecer da planta ter se queimado em contato com o sol ou pode ter recebido água quando o sol estava diretamente nela, causando a queima da folha. O excesso de adubo ainda pode apresentar situações semelhantes, entretanto a queimadura aparecerá a partir das pontas das folhas.
  4. As plantas dos gêneros  Neoregelia, Vriesia, Aechmea, Guzmania, Billbergia, e Canistrum têm um tanque no interior da roseta de folhas e é habitual que ali fique sempre um pouco d’água.
  5. Quando for fazer o plantio, não deixe a muda enterrada demais, as folhas precisam estar acima do solo. Caso a muda seja grande, faça uso do tutor até a que a muda se fixe bem no substrato.
  6. Deixe de lado os vasos grandes para que não haja umidade demais nas raízes, para ajudar na drenagem use britam, cacos de vasos, ou isopor cortado e colocado no fundo.

A bromélia, hoje em dia, é uma das grandes paixões dos brasileiros. Presença forte nos jardins tropicais, a planta tem uma beleza exótica e rústica, permitindo que sobreviva sobre rochas e troncos de árvores.

Largamente utilizadas em projetos de paisagismo, as bromélias acrescentam aos jardins sofisticação, beleza e charme. O essencial para as bromélias são um solo com bom escoamento de água, com condições de luminosidade favorável, ventilação e umidade no ar.

Um dos maiores atrativos da planta é que ela requer poucos cuidados com a manutenção, e suas raízes são superficiais, o que favorece seu plantio em lugares pouco profundos. A única preocupação que a bromélia pode trazer é com relação ao mosquito da dengue. Porém, ao realizar algumas medidas, sempre de duas à três vezes por semana, como: Trocar a água;  regar as plantas com uma calda de fumo, ou solução sanitária; e usar inseticidas com propelente à base de água; não há com o que se preocupar.

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Categoria(s) do artigo:
Naturais

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