Figueira-da-Índia: A Salvação da Medicina

Existem aquelas plantas feitas somente para enfeitar e que não tem nenhuma ligação com a medicina natural. Porém, plantas que ainda estão sendo estudadas começam a surgir para contribuir para a para medicinal. A Figueira-da-índia, vulgo Opuntia ficus-indica, é uma dessas espécies recém descobertas e que possui, acima de tudo, fins medicinais. Já se descobriu que a planta pode ajudar em diversas doenças, principalmente as hepáticas, ou seja, relacionadas ao fígado. Além disso, possui diversas outras propriedades que serão descritas aqui neste artigo!

Informações Importantes

A Figueira-da-índia possui o nome científico Opuntia ficus-indica e ainda possui um monte de nomes conhecidos pelos populares de cada região onde a espécies está presente. Eles são:  Figueira-da-índia, Tabaibeira, Figo-do-diabo, Figo-da-Índia, Piteira, Tuna, Figueira-tuna, Palma, Figueira-da-barbária, Figueira-do-inferno, Palma-gigante, Palma-graúda, Palma-da-índia, Palma-grande, Palmatória, Palma-redonda, Palma-santa, Palma-sem-espinho, Palma-azeda, Cactus-burbank, Figueira-moura, Tabaibo, Tuna-de-castilha. 

Por ser uma espécie de cactus, a planta é oriunda da família  Cactaceae, inserida na categoria de arbusto. A planta se desenvolve em diversos climas, dependendo, é claro, do modo de cultivo. São eles:  Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico,Semi-árido, Tropical. A espécie ainda pode atingir alturas de  3.6 a 4.7 metros ou de 4.7 a 6.0 metros, o que equivale a um arbusto de porte médio ou grande porte dependendo da variante e da forma de cultivo. Seu ciclo de vida é perene.

Origem

A planta foi vista pela primeira vez na América do Norte e depois, segundo pesquisas, no México também. Mesmo assim, seu nome científico é oriundo do Haiti e foi absorvida pela língua espanhola em 1500, ano do descobrimento do Brasil. No México, a espécie se tornou bastante importante, assim como a tequila e o milho, bastante cultivados na cultura mexicana.

Segundo mais pesquisas, pôde-se constatar que a utilização da Figueira-da-índia na humanidade pode ter pelo menos mais de 9000 anos. Devido a sua larga propagação, a espécie acabou chegando na região da Palestina, onde acabou recebendo outro nome: A Sabra. No nordeste do Brasil, o cactus também já foi descoberto e incorporado a merenda infantil da região.

Informações Botânicas

A espécie é bastante ramificada e cultivada em diversas regiões semi-áridas do mundo, além de ser muito frutífera também. Suas raízes ultrapassam nada mais nada menos do que 30 cm de comprimento, o que torna a espécie bastante resistente à épocas de estiagem nas regiões de cultivo. Por serem carnosas, possuem uma adaptabilidade a ambientes desérticos muito grande, além de evitar sempre a perda de água para o ambiente de cultivo.

Folhas

As folhas do cactus são miúdas e precoces, por isso, a espécie possui outro mecanismo para realizar a fotossíntese. Pode se dizer até que a planta não possui uma grande quantidade de folhagem, já que é um cactus e não permite este tipo de estrutura bem desenvolvida em si. Por isso, a fotossíntese passa a ser realizada pelos  artículos presentes na planta.

Espinhos

A maioria das variantes de qualquer cactus possui espinhos. A Figueira-da-índia é uma exceção à regra. Dependendo da espécie, ela não produz uma grande quantidade de espinhos e quando apresenta, eles são pontiagudos, mesmo que em pequenas ou nenhuma quantidade.

Coloração

Conforme a planta vai crescendo, vai se manifestando diversas cores dependendo da variante que acabam por ser bem definidas. Uma delas é o verde escuro, que tende a aparecer quando a planta ainda está no início de cultivo, sendo jovem e não possuindo seu caule. Quando já está bem desenvolvida e com o caule em evidencia, a espécie pode apresentar um tom um pouco acinzentado.

Flores

O cactus também possui flores e são muito mais vistosas do que a folhagem da mesma. A floração pode se dar em diversas cores como vermelho, laranja, amarelas e outras, sendo grandes e bastante vistosas. Pode atrair facilmente insetos polinizadores. As flores, em último caso, também podem ser brancas, o que ocorre em variantas mais raras da espécie do cactus.

Fruto

Como a espécie é bastante frutífera, os frutos se apresentam em grande número, em forma de baga, sendo também bastante vistosos aos olhos de pássaros e também de seres humanos. Dependendo da forma de cultivo, os frutos podem variar em formato, sendo na maioria das vezes ovoide, e em coloração. Podem ser de cores amarela, laranja, vermelha, violácea ou marrom. Nas extremidades superiores, o fruto do cactus possui uma grande quantia de espinhos finos e uma casca bastante fina. Além disso, a polpa é leve, translúcida e um pouco gelatinosa, além de ser aromática. Nela também existem numerosas sementes negras pequenas e lenticulares. Para remover os espinhos da casca, basta passar o fruto no fogo!

Por causa de seus frutos, a Figueira-da-índia passou a ser extremamente cultivada em diversas áreas do Brasil e do mundo. Na verdade, este é o principal objetivo da plantação da mesma: obtenção de seus frutos. Mesmo assim, a espécie ainda possui algumas propriedades que não podem ser deixadas para trás.

Propriedades Medicinais

Além de também poder ser utilizada no paisagismo, ainda que não seja seu principal objetivo, o cactus também possui as suas propriedades medicinais. Durante muito tempo, estudou-se a possibilidade da planta ser usada em larga escala dentro da indústria medicinal. Hoje em dia ela é considerada a salvação da área! Seus principais nutrientes são a Vitamina A, o Ferro e as suas diversas Fibras.

– Propriedades medicinais: Adstringente, Antiasmática, Antidiarréica, Antiescorbútico, Digestiva, Diurética, Emoliente, Estimulante medular, Hidratante, Hipoglicêmica, Maturativa, Mucilaginosa, Sedativa, Vermífuga, Antiprostática, Anti-reumático, Antitussígena, Cardiotônica e Colagoga.

– Onde pode ser aplicada? Geralmente, os artículos e os frutos da espécie são usados para combater as seguintes enfermidades: Afecções respiratórias, Angina, Asma, Problemas circulatórios, Coqueluche, Diabetes, Afecções biliares, Afecções do fígado, Tosse, Tumor benigno da próstata, Úlcera, Verminose, Diarréia, Disenteria, Doença cardíaca e Reumatismo. Porém, a sua principal função curativa se relaciona a doenças hepáticas.

Vale lembrar ainda que é na polpa do fruto que se encontram a maioria dos nutrientes da espécie, incluindo também a sua grande quantidade de fibras.

Escrito por Jéssica Monteiro da Silva