Ilex Aquifolium: Características Do Azevinho

Nome científico: Ilex aquifolium

Nome populares: azevinho, azevim, azevinheiro, pau-azevim, sombra-de-azevim.

Pertence à família das: Aquifoliaceae.

As características mais marcantes são: porte do tipo arbusto, também chamada de arvoreta em forma cônica.


Altura média: entre três e seis metros.

Fenologia: primavera.

Sobre as flores: Essa espécie forma uma flor branca, melífera e com odor agradável, a qual evolui para frutos vermelhos, somente nas plantas femininas da espécie – visto que essa é dióica. As flores têm ótimo valor ornamental.

Sobre as folhas: São de coloração verde escuro e com película brilhante. As folhas, possuem ainda bordas com pequenos espinhos nas margens. A folhagem tem formato ondulado e coriáceo.

A Azevinha é uma planta de origem: principalmente do sul do continente europeu, podendo ser encontrada espalhada em longas distâncias até o norte da Alemanha, também até o norte da África e do oeste da Ásia.

O clima ideal para o desenvolvimento da espécie é o: temperado.

A intensidade ideal da luz para essa espécie é o: sol pleno ou à meia-sombra.

Mais características da Ilex aquifolium: Essa espécie é uma planta característica do Natal europeu e norte americano, nos quais muito se usa a planta para montar coroinhas, decorando as portas das residências nesse período comemorativo. O hábito é antigo e praticado já pelos povos celtas os quais disseminaram essa cultura para os povos anglo saxões e, ainda, aos povos nórdicos os quais a consagravam como oferenda para o Deus Baldur.

Os druidas, sacerdotes celtas, removiam com um tipo de foice feita de ouro um galho de azevinho, no solstício de inverno, mais especificamente no dia 21 de dezembro, por acreditar que, mesmo enfrentando temperaturas baixas, a cor intensa da folhagem permanecia, simbolizando assim a vida eterna. Os romanos anteriores a existência do cristianismo davam significância a essa planta como sendo o símbolo do Deus Saturno cuja celebração do Sol Invictus era comemorada no dia 25 de dezembro e, por essa razão, a Azevinha ficou após milênios associada à comemoração do Natal.

O azevinho,  qual possui um crescimento vagaroso e chega viver por mais de um século, necessita ser cultivado em áreas de invernos rigorosos. Vale lembrar que os profissionais do paisagismo do século dezenove, na região do estado de São Paulo, o utilizavam muito em seus projetos. Com avanços tecnológicos desenvolveu no se Brasil híbridos da planta, os quais são cultivados no estado do Rio Grande do Sul, sendo que as modificações foram a fim de diminuir a altura média da planta.

As variadas modalidades do Azevinho são vastamente cultivadas como plantas ornamentais, ou seja, com a única finalidade de serem decorativas. Contudo, mesmo que essa seja planta de desenvolvimento muito demorado, ela pode viver por até três séculos. É bem resistente às baixas temperaturas, conservando sempre o característico tom de verde escuro da folhagem brilhante e as bagas avermelhadas as quais contrastam bem com a aparência pouco colorida dessa estação.

Características decorativas da Azevinho: Independente de questões religiosas, no Hemisfério Norte, o hábito de decorar portas e janelas com galhos da planta permaneceu. De acordo com uma tradição, quando duas pessoas se encontram diante desse enfeite, devem se beijar.

As bagas de coloração ermelhada do azevinho fêmea – de denominação científica Ilex aquifolium L. – são o mais marcante atrativo dessa planta, a qual foi popularizada por todo o Ocidente como elemento decorativo do Natal. A ampla procura pela planta, muito aumentada no Natal, fez com que a espécie fosse para na lista de espécies em vias de extinção. Isso porque, pelo fato de somente o azevinho fêmea ter valor comercial, o macho acaba não tendo condições para se reproduzir em função da exploração comercial das plantas fêmeas. Em termos científicos, essa é uma espécie dióica, o que significa que há diferenciação entre masculino e feminino na mesma espécie. Somente as plantas fêmeas geram frutos.

Planta De Benefícios Medicinais

Além do valor comercial motivado pelas tradições natalinas, o azevinho também tem outro valor comercial: essa espécie pode ser usada medicinalmente para diminuir a febre das pessoas. Mas se deve ter muito cuidado e não fazer um simples uso artesanal da planta, pois as suas bagas são venenosas, ou seja, não devem ser ingeridas. Caso você tenha crianças pequenas em casa, evite decorar com essa planta numa altura em que elas consigam alcançar. Procure deixar a decoração fora do alcance delas e, no caso das crianças mais crescidas, informe as de que a planta é venenosa.

O azevinho é uma planta bem pouco pesquisada por suas supostas características medicinais, fato que a torna bem pouco explorada em tratamentos terapêuticos. O que se tem conhecimento, apesar desse quadro, é que se pode extrair das folhas vivas ou secas por meio de uma infusão quando se quer amenizara as dores reumáticas. Há indícios ainda de que o Azevinho tenha efeito diurético, possa combater bronquites crônicas, baixar a febre como já foi dito, atuar como um laxante, barrar a icterícia e, por fim, combater a falta de apetite.

As bagas dessa espécie são tóxicas.  A ingestão de cinco bagas é o suficiente para causar convulsões. Existe uma outra variedade – de nome cientifico Ilex paraguensis – popularmente chamada de erva mate, a qual é nativa de parte da America do Sul e também da Espanha. Além das doenças já citadas, o Azevinho ainda é estudado pelos indícios de atuar como um estimulante do sistema nervoso, também como analgésico, como diurético e ainda como no combate à depressão, e outras doenças. Desde o mês de  dezembro do ano de 1989, essa espécie encontra-se protegido por lei em Portugal.

Outra variedades dessa espécie conhecida popularmente como Gilbardeira – de nome científico Ruscus aculeatus L. – e também chamada de Azevinho Menor ou Erva dos Vasculhos, é outra espécie protegida pela lei européia, assim como o Teixo – de nome científico Taxus baccata L. –,  as quais são outras espécies de grande interesse na decoração natalina e que depois de muita exploração comercial passaram a  ter a atenção de autoridades preocupadas com a conservação dessas espécies.

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