Quercus Suber L: Sobreiro

Até hoje, muitos especialistas não sabem explicar como que as árvores conseguem viver por tanto tempo, sendo resistentes a diversos tipos de clima e solo. É na verdade um mistério para qualquer um. O que realmente importa é que as árvores são importantes em vários aspectos: Elas são responsáveis pela transformação da atmosfera e a consequente sobrevivência humana, além de servir como perfeitas procriadoras de espécies ao seu redor. Muitas servem como lar de outros animais e algumas se tornam uma espécie de substrato para alguns seres microscópicos. O famoso Sobreiro é uma dessas espécies históricas bastante importantes para o mundo!

Sobre o Sobreiro

O sobreiro é uma árvore muito útil, acima de qualquer outra, pois é dele que se extraí a famosa cortiça, material necessário para a fabricação de diversos objetos. Além disso, é uma espécie bastante cultivada na Europa devido a toda a sua utilidade, mais precisamente em Portugal, onde é encontrada em praticamente toda a extensão do pais. Por causa da sua função, o sobreiro é uma árvore histórica, bastante clássica e que já sobrevive no mundo há muitos anos. O sobreiro pode ser conhecido por outros nomes, sendo estes os seus títulos populares e o científico, dado a espécie em seus primeiros vestígios de estudo. Como os cientistas gostam de chamar, a espécie Quercus suber L. é o sobreiro original, incluindo em diversas categorias, inclusive naquela de árvores de grande porte, extraindo a partir dai vários de seus nomes populares. São eles: sobro, sobreira ou chaparro e o famoso título de sobreiro. O sobreiro pode ser comprado a uma outra espécie bastante semelhante, conhecida como Pinheiro-Bravo e que também está associada a Europa como habitat natural de desenvolvimento.

Onde Encontra-la ?

A espécie conhecida como sobreiro de estende por toda a Península Ibérica, sendo mais encontrada em regiões portuguesas. Em alguns locais mais úmidos do continente africano, a espécie também poderá ser encontrada sem maiores problemas. Na região portuguesa, o sobreiro habita bem próximo ao famoso Rio Tejo, por ser um local de fácil desenvolvimento para a espécie, tanto climático quanto relacionado ao solo. Várias das variantes relacionados a espécie estão espalhadas por território português, incluindo a região de algarves e outras nestas redondezas. No Vale do Sado e em outras localidades, o pinheiro bravo também se encontra em comum convivência com o clássico sobreiro. Onde existe um clima atlântico com muita umidade e solo bastante arenosos, o sobreiro pode ser cultivado, saindo dai a explicação para que a espécie se desenvolva melhor na beira de rios, lagos e outros locais mais umidificados pela terra e clima.

A Cortiça

É por causa de uma matéria prima chamada cortiça que o Sobreiro vem sendo cultivado desde muito tempo em algumas regiões. É a partir desta árvore que tal material é retirado e depois manuseado para a fabricação de alguns objetos, usados desde o tempo da Idade Média. A extração da cortiça é feita de forma que a casca da árvore tem que ser rigorosamente retirada, fazendo com que muitos pensassem que este trabalho prejudica o desenvolvimento da espécie. Na verdade, o Sobreiro sofre um constante ” descortiçamento” natural e volta a desenvolver a sua casca original de tempos em tempos, o que acaba sendo algo bastante natural para a espécie. Após este processo em que a casca da espécie volta a crescer novamente, o seu tronco acaba desenvolvendo uma cor marrom- avermelhada, fazendo com que o sobreiro seja facilmente identificado. Este fato acaba gerando uma combinação bastante interessante com as suas folhas que costumam ser lisas, sem pêlos, pequenas e com uma coloração em verde musgo. Por causa de todo este procedimento sofrido pela espécie, ela acaba por desenvolver um súber extremamente macio, pronto para que outra camada e consequentemente a retirada da cortiça seja cada vez mais possível, sem agredir a espécie de nenhuma forma. A maciez do súber é que indica a qualidade do material de cortiça. Geralmente, a “descortiçação” da planta em questão pode ocorrer de 10 em 10 anos, se caracterizando um processo raro e bastante interessante para diversos estudiosos no campo da botânica. A real função da cortiça é funcionar como isolante térmico, inclusive para elementos acústicos do dia a dia. Mesmo assim, antigamente era muito usada para fabricar a rolha de garrafas de vinho, vindas de Portugal e também da Espanha, onde o sobreiro era muito cultivado nesta época. Não é a toa que Portugal é um dos maiores produtores internacionais de cortiça para variados fins!


Um Pouco de Estrutura e Cultivo

O sobreiro é uma espécie bastante peculiar e acaba se adaptando a diversos locais de cultivo. A árvore acaba por sobreviver melhor em solos úmidos e bastante férteis, além de bastante profundos. Em alguns locais, a suas folhas se desenvolvem de maneiras diferentes, sendo grandes e em alguns outros locais, menores e mais escuras. A espécie acaba por tolerar altas temperaturas e alguns fortes períodos de secas, típicos da região onde é cultivada em Portugal. Suas folhas costumam ser grandes e claras em algumas regiões mais amenas do território português e menores e escuras e outras partes do pais, se diversificando bastante.

Um Patrimônio Importante

O sobreiro é considerado hoje em dia um patrimônio muito importante dentro de terras portuguesas. Foi no ano de 2007 que foi cunhada uma moeda comemorativa da presidência de Portugal cujo principal tema era realmente a sobrevivência do sobreiro e a sua conservação como patrimônio histórico da Península Ibérica, mais precisamente em solos portugueses. Já no ano de 2009, acabou-se aprovando um documento que declarava o Sobreiro como uma árvore Nacional do território.

Segundo o inventário de árvores em Portugal, o Sobreiro ocupa nada mais nada menos do que mais de 7000 hectares no país, além de ser uma espécie típica das florestas portuguesas, ocupando grande parte das mesmas e se espalhando por todo território. Esta pesquisa de coleta de dados sobre a espécie foi feita em 2006 e suspeita-se que a mesma tenha se propagado muito mais por estas extensões florestais.

Escrito por Jéssica Monteiro da Silva

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