Qual é a Importância da Polinização Para as Angiospermas?

As plantas angiospermas representam mais de 250 mil de cerca de 350 mil espécies catalogadas até hoje. Seu nome vem do grego sendo que angeios significa ‘bolsa’ e sperma por sua vez significa ‘semente’ em referência a sua forma de reprodução que envolve órgãos reprodutores femininos e masculinos. Continue lendo para conhecer mais sobre as plantas desse grupo e a importância da polinização para a sua difusão.

Angiospermas

As plantas angiospermas se caracterizam por ter caule, raiz, semente, flor e fruto, os dois últimos itens são os que as diferenciam das gimnospermas. As plantas angiospermas possuem um sistema de polinização e reprodução mais complexo em que as flores funcionam como um atrativo para os agentes polinizadores. As flores são as responsáveis pela produção de frutos e sementes dessas plantas.

Estrutura das Angiospermas

Plantas angiospermas possuem adaptações para que possam se reproduzir assertivamente com destaque para as flores. Abaixo você poderá conhecer em detalhes estruturas dessas plantas como flores e frutos.

Flores

As flores das angiospermas são formadas por estruturas de suporte, órgãos de proteção e órgãos de reprodução.

Estruturas de Suporte

Esses são os órgãos que atuam na sustentação das flores.

– Pedúnculo

Responsável por fazer a ligação da flor ao resto do ramo.

– Receptáculo

Parte dilatada na zona terminal do pedúnculo em que são inseridas as peças florais restantes.

Órgãos de Proteção

A função dos órgãos desse grupo é envolver as peças responsáveis pela reprodução da planta para protegê-los e torná-los mais atraentes para os agentes de polinização. O nome desse conjunto de órgãos de proteção é chamado de perianto. Quando uma flor está sem perianto pode-se dizer que trata-se de uma flor nua.

– Cálice

É o nome dado ao conjunto de sépalas, as sépalas são estruturas bem parecidas com folhas por terem coloração verde em grande parte dos casos. O objetivo das sépalas é garantir a proteção da flor quando a mesma está na forma de botão. Uma flor que não possui sépalas é chamada de assépala. Se o perianto como um todo possui o mesmo aspecto (tépalas) sendo parecido com sépalas passa a ser chamado de sepaloide. Isso torna o perianto indiferenciado.

Estrutura das Flores

Estrutura das Flores

– Corola

Nome dado ao conjunto de pétalas que se caracterizam por serem peças florais coloridas e perfumadas adaptadas para atrair os agentes polinizadores. As pétalas contam com glândulas produtoras de néctar em sua base para atrair alguns animais que podem servir para a polinização. Uma flor sem pétalas é chamada de apétala, nos casos em que o perianto é igual (tépalas) e parecido com pétalas a flor se chama petaloide. Mais uma situação em que o perianto é indiferenciado.

Órgãos de Reprodução

Próximo ao centro das flores há folhas férteis modificadas e chamadas esporofilos. As folhas férteis femininas são internas enquanto as folhas férteis masculinas são externas.

– Androceu

Trata-se da parte masculina da flor composta pelo conjunto de estames que são esporofilos ou folhas modificadas com a responsabilidade de sustentar os esporângios. A constituição é feita por um filete (correspondente ao pecíolo da folha) e pela antera (o limbo da folha).

– Gineceu

É a parte feminina da flor que consiste num conjunto de carpelos. O carpelo também chamado de esporofilo feminino é formado por uma zona larga oca que se chama ovário, onde estão os óvulos. Depois de feita a fecundação as paredes do ovário são as responsáveis por dar forma para o fruto.

O carpelo é prolongado por uma zona estreita chamada de estilete que culmina numa zona alargada chamada de estigma que recebe os grãos de pólen. Em grande parte dos casos o estigma está posicionado mais elevado em comparação com as anteras tornando difícil a realização da autopolinização.

Frutos

Os frutos envolvem as sementes da planta e geralmente possuem aparência e sabor atraentes para animais que os consomem como alimento. As sementes conseguem passar por todo o processo digestivo desses animais sendo eliminadas através das fezes no ambiente em locais distantes da planta mãe tendo a oportunidade de conquistar novos territórios. Trata-se de uma estratégia efetiva para a dispersão das sementes das plantas.

Mas, Qual é a Importância da Polinização Para as Angiospermas?

Como mencionamos em boa parte das angiospermas a estrutura reprodutora masculina está situada mais abaixo da feminina tornando bem difícil a autopolinização. Para ajudar uma planta a ser fecundada por outra é possível contar com ação de agentes polinizadores como animais, por exemplo.

A polinização é o processo em que o pólen de uma flor masculina é entregue para uma flor feminina. A fecundação se dá através das flores mesmo que essas plantas possuem frutos. Não é necessária a presença de água para que a reprodução aconteça, basta que o grão de pólen sintetizado pelas anteras seja depositado sobre o estigma do sistema de reprodução feminino.

Animais Que São Agentes de Polinização

Muitas angiospermas contam com a ajuda de animais para realizar a polinização adotando diferentes estratégias para atrair esses aliados. Dentre as possibilidades para chamar a atenção dos polinizadores estão pétalas coloridas, odores característicos e nectários (estruturas cuja função é produzir néctar que é um líquido nutritivo e de sabor doce).

Quando a polinização é realizada por insetos como borboletas, besouros e abelhas recebe o nome de entomófila. Já a polinização feita por pássaros como o beija-flor, por exemplo, é chamada de ornitófila. Também há plantas cuja polinização é realizada por morcegos cujo nome é quiropterófila.

A título de curiosidade as plantas gimnospermas (que não possuem suas sementes envoltas por frutos) contam com o vento como seu principal agente de polinização. Como não possuem flores essas plantas não são atraentes para eventuais agentes polinizadores dependendo de outros recursos para que seus grãos de pólen sejam levados para as estruturas femininas de outras plantas.

Agentes de Polinização

Agentes de Polinização

Conclusão

As plantas angiospermas, que representam mais de dois terços de todas as plantas do mundo, dependem da polinização para a sua reprodução. Pela sua abundância no planeta é possível concluir que esse sistema reprodutivo é muito bem-sucedido trazendo excelentes resultados no tocante a propagação dessas plantas.

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