Das espécies mais utilizadas para a ornamentação de praças pelo país inteiro, a coerena amarela é a mais vista pelos asfaltos. Ela também é bastante útil para imprimir beleza a jardins recém formulados. Suas flores amarelas chamam a atenção e combinam muito com o verde de certas plantas, inclusive de suas folhas tão pequenas. O fruto da coreana pode ser ingerido por diversas espécies de pássaros o que pode atrair lindo animaizinhos para o seu quintal. Neste artigo, vamos falar da bela Coreana Amarela.
Informações Botânicas
Família:
Solanaceae
Nome científico:
Cestrum corymbosum
Nomes Populares:
coerena-amarela ou coerena
Sua descrição morfológica é muito simples, já que a estrutura da coerena não é muito elaborada. Na verdade, a coreana é um arbusto considerado lenhoso, muito ereto, perene e bastante ramificado.
Vale frisar que o arbusto conhecido por coerena amarela pode atingir o equivalente a 2,5 metros de altura. Na verdade, para um arbusto, esse tamanho não é significativo e por isso são considerados e inserido em grupos de pequenos porte.
Suas folhas são bem pequeninas e muitos simples, sendo consideradas alternas e coriácias, brilhantes e muita das vezes com formato ovalado pelos especialistas.
Flores e Frutos
Além de suas folhas serem marcantes para a espécie, ainda existem as belas flores amarelas da coreana e os deliciosos frutos. As inflorescências da coreana são numerosas e a cada época do ano, nascem diversas flores bem amarelas e chamativas que também atraem pássaros assim como os frutos. Os animais polinizadores, tendo como principal espécie as abelhas, são atraídos pelas pétalas amareladas a fim de fazerem a propagação da espécie.
Nem sempre as flores da planta são amarelas de tom vivo. Mesmo sendo minoria, muitas plantas podem florescer com pétalas com cor um pouco alaranjadas que não deixam de atrair animais polinizadores.
As flores geralmente estão agrupadas em ramos laterais bem curtos, ficando espalhadas por todo o arbusto. Elas são adensadas e compridas, com pétalas estreitas porém compridas. A corola das mesmas são consideradas tubulosas, até mesmo por serem bem estreitas e esticadas, parecendo um tubo mesmo.
Já os frutos são extremamente globulosos. A sua coloração roxo escura faz lembrar até a jabuticaba docinha. Tais frutinhos podem tingir a mão de roxo quando esmagados.
Os frutos começam a amadurecer no verão e as flores somente nascem e crescem bem na primavera.
Ecologia
Para ser cultivada, a coreana amarela precisa ser colocada em um solo fértil. Com relação a essas características, a espécie é considerada Pioneira, heliófila e indiferente, ou seja, apesar de necessitar de uma terra bem nutrida para crescer, a planta não possui grandes exigências.
Com relação aos locais em que as coreanas amarelas se desenvolvem, pode-se citar as clareiras, as bordas de grandes ou pequenas florestas e capoeirinhas. Em áreas mais úmidas , elas crescem perfeitamente, assim como as brodas de várzeas ou espécies de regiões ribeirinhas.
Onde Ela Se Desenvolve no Brasil
A coreana amarela se distribui de Minas Gerais até o estado do Rio de Janeiro, englobando o Rio Grande do Sul. Pesquisadores afirma que a espécie crescem, em sua maioria em Florestas Ombrófila Mistas e nas Estacionais Semideciduais.
Uso de Ornamentação
Se você buscar por plantas ornamentais que são usadas no Brasil e em alguma partes do mundo para decoração de jardins e praças, a coreana será a principal descoberta. O fato de seus frutos serem consumidos por belas espécies de pássaros contribui e muito para ela ser enquadrada no grupo das espécies ornamentais.
Suas flores possuem um aspecto exótico, assim como as suas folhas e por isso, ela pode ser uma boa opção de decoração.
Cultivo
O cultivo da coreana é basicamente simples, já que ela não é uma espécie exigente. O único problema para o cultivo da planta pode ser o trato com as sementes que não toleram certos tipos de armazenamento. Assim que coletadas ou compradas nas lojinhas de jardinagem, as sementes da coreana amarela devem ser semeadas imediatamente.
A partir dese processo de semeio, a coreana começa a se desenvolver em um período rápido de tempo que dura apenas de 5 a 10 dias. Isso mostra que o potencial germinativo da espécie é bastante elevado, até mesmo em comparação a outras pantas usadas para ornamentação de exteriores ou em locais específicos de grandes cidades. Espera-se que a germinação da espécie seja de mais ou menos 85% , o que é um valor bem alto. Por este motivo, a coreana é plantada em praças públicas ou parques.
Sua multiplicação não é apenas por agentes polinizadores como pássaros, borboletas e outros insetos. Essa propagação pode ser feita de forma eficiente através das famosas estacas: uma técnica que envolve as raízes da planta. As estacas começam a enraízam de 30 a 60 dias, o que em comparação com a propagação por agentes polinizadores, pode ser uma grande vantagem.
Para que o desenvolvimento da coreana seja 100% eficaz, é preciso plantar as mudas 4 meses depois dos primeiros processos de cultivo. Como já era de se esperar, especialistas garantem que seu crescimento é super acerelado. Quando ela já estiver bem grande e ramificada, a planta aceita podas que vão ajudar no florescimento, no crescimento de novas folhas e frutos.
Grupos Em Que a Espécie Está Inserida
Para se localizar melhor entre as espécies ornamentais utilizadas principalmente no Brasil, a coreana amarela pode se inserir em algum grupos, para facilitar a sua localização por pesquisadores e botânicos que ainda desejam estudar outras propriedades da espécie. Por isso, os grupos seguintes forma separados e identificados:
- Floresta com Araucária (Floresta Ombrófila Mista)
- Floresta Seca do Rio Paraná (Floresta Estacional Semidecidual)
- Ornamentais
- Pioneiras
Aroma Desagradável
O gênero Cestrum, no qual a coerena se insere, possui uma características um pouco desagradável: Quando as folhas das espécies pertencentes a este grupo são esmagas, elas liberam um odor um pouco incomodo. Esta é uma das características consideradas ruins da coerena. Outro aspecto negativo da espécie é que quando algumas partes da espécie são ingeridas por animais como vacas e bois, pertencentes ao gado, elas podem causar graves intoxicações.
Escrito por Jéssica Monteiro da Silva